Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 362 de 2007-01-09 |
“O Ensino Superior está debaixo de fogo”
No dia em que tomaram posse membros do Senado, da Assembleia e dos diferentes Conselhos Directivos da UBI, Santos Silva apontou desafios a superar
> Cátia Felício“O financiamento por aluno em Portugal é o mais baixo da comunidade europeia”. É com estas palavras que Manuel Santos Silva, reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), traça o cenário do ensino superior português. “O que é que nós queremos da Universidade da Beira Interior para o futuro?”. No dia 2, após a tomada de posse dos membros do Senado, da Assembleia e dos diferentes Conselhos Directivos, Santos Silva mostrou-se confiante em ultrapassar dificuldades.
“O Ensino Superior está debaixo de fogo, como todos sabem, e alguma coisa vai acontecer de certeza absoluta”. E acrescenta: “Nós como universidade (…) já passámos períodos críticos, estamos a atravessar outro, mas como já o fizemos antes, estou convencido com a ajuda e participação de todos iremos ultrapassar este período complexo que estamos a atravessar”.
Os membros do Senado entram em funções já este mês. O reitor da UBI garante que a Assembleia eleita vai reunir-se “de certeza absoluta”. E aponta dois motivos: 2007 é o ano de eleições para reitor e “tudo indica que haverá alteração da lei da autonomia”. Defende também que as universidades e institutos politécnicos precisam de instituições de controlo. “Alguém tem de regular, porque a universidade é um bem público”.
Para a UBI, o reitor diz que há que aumentar a produção científica, uma vez que já há muitos doutorados na instituição. “Durante estes 20 anos andámos a tentar qualificar o corpo docente”. Garantindo que “a universidade tem um corpo docente de qualidade”, adianta que a instituição pode albergar muito mais alunos e recupera-los nas áreas das ciências exactas e das engenharias. “Todos em conjunto iremos ultrapassar este desafio”, garante.
Sobre o processo de adequação dos cursos a Bolonha, alerta para “alguns cursos necessitam agora, com mais calma, de sofrer algumas alterações”. Esclarece ainda que ter mais ou menos alunos a entrar na universidade depende também dos graus de ensino que precedem o ensino superior.
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