Porto: Presépio ao vivo

O Centro Social Paroquial de São Nicolau organizou, na noite de 16 de Dezembro, um presépio de “carne e osso” e uma recriação do percurso dos Reis Magos. O evento realiza-se há 12anos e tem a colaboração dos habitantes de três freguesias do centro histórico do Porto.

O frio que se fazia sentir na noite de sábado não demoveu os participantes do “Presépio ao vivo”, nem os pastores e Reis Magos que desfilaram desde a Cordoaria à Praça da Ribeira.

Habitantes de Miragaia, São Nicolau e Vitória juntam-se todos os anos para construir o presépio e organizar o desfile numa das freguesias. Entre os intervenientes regulares estão a Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto, o Centro Social Paroquial Nª Sr.ª da Vitória e o Grupo de Escuteiros da Paróquia de S. Nicolau. Este ano, o presépio realizou-se na freguesia de São Nicolau.

Tudo é levado ao pormenor na organização desta celebração, desde as roupas, cedidas pela estilista Maria Gonzaga, até ao menino Jesus, que este ano foi representado pelo pequeno Afonso, de cinco meses. Os Reis Magos são encarnados por guardas da GNR do Carmo, que se deslocam nos seus cavalos. Os animais utilizados no presépio foram em tempos verdadeiros, mas ficou provado que não era uma opção segura, uma vez que não adaptavam ao rebuliço da cidade e pelo facto de há uns anos uma vaca ter partido uma pata.  Assim , os animais são de madeira, ou representados por crianças, como foi o caso da ovelha deste ano, interpretada pelo Daniel, de nove anos.

Os Bombos de São Nicolau, grupo do qual fazem parte os escuteiros de S. Nicolau, actuaram aquando da chegada do cortejo à Ribeira.Seguiu-se um espectáculo onde cada freguesia apresentou números de canto, dança e leituras religiosas. Fátima Pinto, coordenadora do Centro Social Paroquial de S. Nicolau, afirma que o objectivo desta iniciativa é “relembrar que o Natal é o nascimento de Jesus” e não apenas o consumo desenfreado.

A festa encerrou com o Rancho de S. Nicolau, que pôs participantes e espectadores a dançar até por volta da meia-noite.