Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 360 de 2006-12-26 |
Guarda: O Natal não é na minha terra
Na região da Guarda ,as aldeias enchem-se de vida e, aí sim, comemora-se o Natal.
> Isaura CostaChega o mês de Dezembro e com ele vem o corrupio do Natal. Enchem-se as casas de luzinhas, enfeitam-se os pinheiros, juntam-se as prendas ao presépio e preparam-se as ementas da ceia para a consoada. A Guarda não foge a estas regras e, apesar do frio ser muito, as pessoas passeiam os seus sacos coloridos pelas ruas da cidade. A iluminação e a música não deixam que o espírito natalício esmoreça.
O bacalhau cozido, as couves e as filhós são prato comum em todas as mesas. Já o chocolate quente e o polvo são destaques próprios da ementa egitaniense. As tradições vão-se alterando e quanto à ementa já pouco tem de exclusiva . A peculiar tradição é a da fogueira na praça da Sé. Após a ceia do dia 24, a população junta-se à volta da fogueira para desejar um bom Natal e celebrar o nascimento do menino Jesus, enquanto se espera pela Missa do Galo, celebrada à meia noite na Sé Catedral da Guarda.
Mais do que a ementa, mais do que os presentes a real tradição é a de estarcom a família no dia da consoada, o que muitas vezes obriga a uma viagem. Os usos e costumes vão-se diluindo tornando-se num só: confraternizar com os parentes na ceia de 24.
O Natal não é muitas vezes na terra em que nascemos, é na terra dos nossos avós e parentes e isso é a tradição. Não importa o que se come ou recebe, importa que o natal seja em família e assim a tradição cumpre-se mais uma vez.
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