Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 358 de 2006-12-12 |
A Fenprof concordou hoje com a análise da OCDE sobre o Ensino Superior no que diz respeito à necessidade de mudar de estratégia. No entanto, aquela estrutura sindical manifestou-se contra a hipótese das instituições passarem a fundações e de os profissionais perderem o vínculo ao Estado. João Cunha Serra, responsável pelo Ensino Superior na Federação Nacional de Professores (Fenprof) considerou que o mais importante é que haja uma estratégia nacional para o Ensino Superior. João Cunha Serra classificou de positiva "a ideia de reforçar a regulação e a definição estratégica do que se pretende para o sector", o que considera "fundamental para o futuro".O reforço do financiamento, o alargamento da base de recrutamento dos estudantes, o que implica uma melhoria do Secundário, e o combate ao insucesso e abandono são outras das medidas que o responsável considera positivas. Contudo, João Cunha Serra manifestou-se contra as recomendações da OCDE que vão no sentido de universidades e politécnicos passarem a fundações financiadas pelo Estado, mas geridas como se fossem do sector privado, e de professores e trabalhadores não docentes perderem o vínculo ao Estado. Na opinião do sindicalista, este modelo não deve ser aplicado porque está em causa o interesse público "já que as universidades privadas até o podem fazer, mas estão sujeitas a ser geridas de acordo com interesses privados". Com a passagem a fundações, os institutos de Ensino Superior ficariam em risco no direito de participação, de liberdade académica, de criação e de opinião, nomeadamente sobre como estão a funcionar as instituições.
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