Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 358 de 2006-12-12 |
No âmbito da avaliação internacional do Ensino Superior português, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) fez uma proposta para que universidades e politécnicos passem a ser fundações financiadas pelo Estado, mas no entanto geridas como se fossem do sector privado. De igual modo professores e trabalhadores não docentes das escolas percam o vínculo com o Estado e deixem de ser funcionários públicos. Deste modo os salários e promoções passaram a ser responsabilidade exclusiva das escolas. Para isso, as instituições passarão a ter um órgão de governo que terá o controlo financeiro, dos recursos humanos e materiais. O objectivo é que as instituições tenham lideranças mais fortes, mais iniciativa e inovem. “Inércia” e “inflexibilidade” são duas das palavras que caracterizam a acção dos actuais reitores, critica a OCDE. A OCDE sabe que esta recomendação é “radical” e questiona: “Será que o Governo está disposto a ceder o controlo das instituições e a passá-lo para fora do sistema do Estado? Será politicamente viável? Como é que vão reagir as instituições a estas propostas?”
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