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A Rua dos Bombeiros Voluntários, um dos locais onde se encontram marcas nas paredes

“É preciso afrontar as obras ilegais”

> Igor Costa
> Ana Cristina Ferreira

José Afonso, director regional do IPPAR, considera que a diversidade de instituições responsáveis por esta área tem sido um problema. O responsável nota uma descoordenação que em nada tem beneficiado o património nacional, pelo que considera “imprescindível uma reforma da  administração nesta área.”
Depois de ter financiado intervenções na Casa das Morgadas, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição e na capela do Sr. Santo Cristo, este ano não está prevista a actuação do IPPAR na Covilhã. “Temos problemas gravíssimos de verbas, que nos limitam. Tínhamos previsto um milhão de euros para 2007, e estamos limitados a 100 mil. Temos de ser inteligentes, trabalhar em equipa com outras entidades.” Ainda assim, não esquece as “verdadeiras barbaridades no património, algumas irreversíveis, enquanto houve excesso de dinheiro.”
Do painel histórico da “cidade neve” salientou o trabalho feito pela Universidade da Beira Interior e pelo Museu dos Lanifícios. A direcção do museu “tem uma acção exemplar, notável em torno da inventariação e promoção desse património por documentos e exposições,” vincou. “Na Covilhã tem havido alguns problemas devido a não ser entendida a necessidade de arqueólogos no acompanhamento das obras e que não são exigidos por lei.”
Do património histórico e religioso da Covilhã, Carmen Balesteros diz que constitui para ela “um espanto”. Apesar de menos visível, a Rua da Alegria ou a Rua dos Bombeiros Voluntários apresentam alguns exemplos, marcados em diversas ombreiras. Neste particular, a investigadora eborense diz saber da aposta de alguns gabinetes técnicos no que diz respeito aos cruciformes. Gabinetes, autarquias e delegações de turismo devem ter “sempre um carinho muito grande pelas suas cidades para o fazer de forma sustentável do ponto de vista histórico, arquitectónico e para o turismo.” Aos interessados, Carmen Balesteros deixa a sugestão, em jeito de desafio. “Porque não um trabalho como este que fizemos aqui? Implica algum tempo e investimento, pois nós estamos a trabalhar nisto há mais de um ano. E a rentabilidade não é imediata: é uma rentabilidade a médio e longo prazo.”


A Rua dos Bombeiros Voluntários, um dos locais onde se encontram marcas nas paredes
A Rua dos Bombeiros Voluntários, um dos locais onde se encontram marcas nas paredes


Data de publicação: 2006-12-12 00:01:20
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