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Força Aérea ajuda a reflorestar a Serra da Estrela

Um helicóptero da Força Aérea Portuguesa transportou três toneladas de carvalhos para serem plantados a mais de 1500 metros de altitude na Serra da Estrela. Neste fim-de-semana foram plantados mil carvalhos, uma iniciativa que decorre do projecto «Um milhão de carvalhos para a Serra da Estrela», promovida pela Associação dos Amigos da Serra da Estrela.

> Rosalia Rodrigues
> Carla Abrantes

Mil carvalhos foram plantados no sábado no Vale do Zêzere com ajuda de um helicóptero da Força Aérea Portuguesa e cerca de cem montanheiros, escuteiros e voluntários de várias zonas do país. Esta acção surge no seguimento de um projecto lançado pela Associação Cultural dos Amigos da Serra da Estrela (ASE), com o objectivo de semear e plantar um milhão de carvalhos em zonas da serra desflorestadas.
Apesar das condições climatéricas não serem as ideais, o helicóptero voou até uma zona de difícil acesso do Vale do Zêzere, a mais de 1500 metros de altitude, e transportou, no total, seis mil carvalhos. No local estavam cerca de cem voluntários para descarregar os carvalhos e pô-los no solo. Os restantes cinco mil carvalhos serão plantados nas próximas semanas.
“Contribuir para minimizar as consequências dos incêndios que atingiram a serra é, segundo José Maria Saraiva , vice-presidente da ASE e coordenador do projecto, o principal objectivo. Aludindo ao facto da erosão causada pela devastação da floresta nos últimos anos ser uma das causas da falta de retenção de água nos solos, José Maria saraiva destacou a importância de arborizar a serra. “Fomentar a sustentabilidade dos recursos naturais e a biodiversidade, para além de garantir a actividade pastoril, melhora a paisagem e promove o turismo”, referiu.
A Força Aérea associou-se à campanha promovida pela ASE e, segundo o coronel Carlos Barbosa, “esta missão até serviu para pôr em prática os conhecimentos e treinos dos militares”.
O momento para começar a semear e plantar os carvalhos é o ideal, uma vez que os incêndios do Verão passado destruíram os habitats dos ratos e por isso não há o perigo deles comerem as bolotas semeadas. Além disso,  a inexistência de mato facilita o acesso aos locais a reflorestar. José Maria mostra-se optimista face ao desenvolvimento do projecto e refere que a campanha de reflorestação da Serra da Estrela tem sensibilizado pessoas de várias zonas do país. Desde o mês de Outubro que o projecto está em marcha e até agora já foram semeadas 11 mil e quatrocentas bolotas. “A adesão tem sido maior do era esperado”. Várias escolas já se inscreveram para participarem, mas algumas carecem de transportes que nem sempre as autarquias disponibilizam. Neste sentido, José Maria afirma que tem tentado sensibilizar os municípios a apoiar as escolas no transporte, já que eles também são beneficiários desta acção.
A ASE, que tem contribuído para dinamizar algumas acções de preservação e defesa da Serra da Estrela nos últimos 25 anos, comemora  em Fevereiro de 2007 as bodas de prata. Nessa data pretende apresentar um novo projecto que vai contemplar a estrada 338 do Vale do Zêzere, que liga Manteigas aos Piornos, e que tem algumas zonas em perigo de derrocada.






Data de publicação: 2006-12-12 00:02:20
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