Nova Unidade de Cuidados Continuados abre na Guarda

A Unidade de Cuidados Continuados Integrados da Guarda começa a funcionar este mês nas instalações do antigo hospital da Misericórdia local, com 37 camas destinadas a idosos e doentes dependentes.

O provedor da Santa Casa da Misericórdia da Guarda, Jorge Fonseca, anunciou na passada semana, que o equipamento funcionará com unidades de convalescença (18 camas), internamento de média duração (nove camas) e internamento de longa duração (dez camas). O responsável falava na cerimónia de assinatura de um protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia da Guarda e os ministérios da Saúde e Segurança Social.
Jorge Fonseca assegurou que a Unidade de Cuidados Continuados irá trabalhar com um número de profissionais que garantirá o seu funcionamento "durante 24 horas", sem especificar quantos. O provedor escusou-se a precisar o investimento feito pela Santa Casa da Misericórdia na recuperação do antigo edifício, localizado no centro da cidade, que albergou em tempos o Hospital Distrital. "Foram algumas centenas de milhar de contos", disse apenas.
Na cerimónia realizada no salão nobre do Governo Civil da Guarda esteve João Pedro Pimentel, vogal da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS), que referiu que a nova unidade surge no âmbito da experiência-piloto que está a ser feita a nível nacional até Abril de 2007.
O responsável da Santa Casa revelou que só na Região Centro do País "vivem mais de 460 mil cidadãos com idades acima dos 65 anos". Tendo em conta esta realidade, Jorge Fonseca assumiu que "os cuidados de saúde em geral e os cuidados continuados integrados, de modo especial, terão de dar resposta adequada a uma sociedade do século XXI, a envelhecer e com elevado potencial incapacitante". "A Rede de Cuidados Continuados tenta fazer a articulação entre os cuidados hospitalares e os cuidados domiciliários, definir e encaminhar correctamente os doentes que acabam de sair dos hospitais", explicou.
No âmbito do projecto-piloto que está a ser desenvolvido a nível nacional, só na Região Centro, serão criadas 320 camas, anunciou João Pedro Pimentel, adiantando que futuramente serão celebrados novos acordos. Em relação ao distrito da Guarda, foram propostas unidades idênticas para servirem os concelhos de Trancoso (unidade de internamento de média duração) e Gouveia (unidade de internamento de longa duração), adiantou.
Na mesma sessão, a governadora civil da Guarda, Maria do Carmo Borges, valorizou a importância do protocolo e alertou para a necessidade de o Governo avançar rapidamente com as obras de remodelação do Hospital Sousa Martins, que em 2007 comemora 100 anos de existência. "Em termos de instalações, não podemos continuar parados", alertou a governadora, admitindo que "quem trabalha naquele hospital também merece ter melhores condições para poder trabalhar em prol daqueles que necessitam". Maria do Carmo Borges pediu mesmo ao vogal da ARS que levasse a mensagem de que a Guarda quer ver "concretizadas as obras, muito rapidamente".