Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 358 de 2006-12-12 |
Sensibilizar para proteger
As Agendas 21 locais são essenciais no alcançar da sustentabilidade dos recursos naturais. Assim como a aplicação das novas tecnologias ao património natural e a sensibilização ambiental.
> Notícias da CovilhãEstas foram algumas ideias saídas do encontro que nos dias 1 e 2 juntou na Pousada da Juventude das Penhas da Saúde cerca de cem participantes de várias áreas e associações para debater o “Desenvolvimento Sustentável em Áreas de Montanha”.
“A Agenda 21 é um instrumento que os municípios têm para poder agir”, frisa Paula Teixeira, presidente da Associação de Formação Ambiental e Florestal (AFAF), organizadora do evento. “O objectivo é fazer o diagnóstico, debater-se e chegar-se a um plano de acção para que haja a salvaguarda do património natural, a mudança de atitude e sejam implementadas medidas no concelho que levem à salvaguarda dos valores naturais”, explica Paula Teixeira.
Um trabalho que já começou a ser feito em vários municípios do distrito. Castelo Branco, Fundão, Penamacor, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão já estão a preparar esse “instrumento”. A Covilhã ainda não está entre o grupo, mas Paula Teixeira diz que numa conversa com a autarquia serrana lhe foi dito que “poderá haver intenção de se avançar para um trabalho nessa área”.
Por outro lado, o município covilhanense concorreu ao Fundo Florestal Permanente com um programa que tem como uma das vertentes a sensibilização ambiental a desenvolver no concelho, com a colaboração da AFAF. Um projecto que não foi ainda aprovado.
Em Castelo Branco isso já foi feito o ano passado e Paula Teixeira salienta que embora haja um grande caminho a percorrer, é nesse sentido que se deve seguir. “Queremos que as pessoas mudem porque compreendem que devem mudar, que é necessário mudar”, sublinha. Daí a importância que entende ter a sensibilização e o explicar os porquês e as consequências de certos comportamentos. Embora considere que são acções sem o impacto imediato que tem, por exemplo, a aplicação de uma coima.
No caso da candidatura ao Fundo Florestal Permanente contempla esse trabalho de paciência junto de crianças das escolas e também com as populações. Até porque a presidente da AFAF considera que “ainda vemos só muito o presente e não o futuro”. “Temos dificuldade em ver que as atitudes que tomamos hoje terão repercussões no amanhã. As gerações futuras não vão ter as comodidades que temos agora”, alerta.
No encontro participaram também representantes da Comunidade do Alto Águeda e da Universidade de Valhadolid, de Espanha. Um país com o mesmo tipo de problemas mas que começou a trabalhar neles há mais tempo, refere Paula Teixeira.
Castelo Branco, Guarda e Coimbra eram os distritos de origem dos cerca de cem participantes do encontro, organizado com o apoio do programa Cojutra do Instituto Português da Juventude.
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