Pinto Peixoto recordado na UBI

Nada melhor do que falar sobre ciência para recordar um cientista. A UBI e a Associação Casa da Cultura José Pinto Peixoto assinalaram os dez anos sobre a morte do cientista e professor com um colóquio onde se lembraram as áreas em que Pinto Peixoto mais se destacou.

Distinguir os melhores alunos do Ensino Superior na área da Física com um prémio de mérito é um dos objectivos da Associação Casa da Cultura José Pinto Peixoto. Este propósito está no topo da lista de actividades que esta instituição se propõe realizar para “lembrar a pessoa e o cientista Pinto Peixoto”, adianta Augusto José Monteiro Valente.
A associação, que premeia já alunos do Ensino Secundário na área da Física, juntou-se à UBI na organização do colóquio “Pinto Peixoto e a Ciência”.
O Grande Auditório da Faculdade de Ciências da Saúde acolheu os participantes deste evento que pretendeu assinalar os dez anos sobre o falecimento “do cientista e do professor”, descreve Manuel Santos Silva, reitor da UBI.
Durante todo o passado dia 6, a cosmologia quântica, a termodinâmica e a entropia gravitacional foram conceitos explicados por vários cientistas. Todas estas temáticas serviram para recordar “Pinto Peixoto e as suas contribuições para ciência”, lembra o reitor da UBI.
Augusto Valente espera agora reunir “numa publicação de carácter científico”, alguns dos estudos realizados por Pinto Peixoto e também as diversas apresentações de carácter científico, que foram tornadas públicas neste evento. A publicação deverá ser editada “em breve”. Será ainda constituído um júri, “com reconhecidos cientistas das áreas onde Pinto Peixoto se destacou” que vai dar seguimento a todo o processo do concurso para jovens universitários. Esta associação pretende distinguir trabalhos científicos realizados por universitários portugueses. O mesmo é já feito “há cerca de cinco anos, no Secundário”, adianta o presidente da associação.
Outra das novidades a marcar este evento na UBI foi o anúncio da construção de “uma casa museu na terra natal de Pinto Peixoto”. Augusto Valente, na sua intervenção falou neste projecto “que está já em marcha”. O major general que preside a associação, garantiu que existem dois imóveis em Miuzela, “que serão recuperados para um espaço museológico”. Alguns objectos pessoais cedidos pela família, publicações e livros vão compor o museu.
Para além das comunicações e de uma vertente mais científica, este evento serviu também “para relembrar uma das pessoas que mais influenciou a criação da UBI”, adianta Santos Silva. O reitor da instituição onde Pinto Peixoto leccionou várias cadeiras recorda também o cientista “pelo seu lado humano e pela sua dedicação à ciência”. Pinto Peixoto foi um dos principais impulsionadores na criação dos cursos de Física (ensino) e Física Aplicada (óptica), tendo sido também um dos primeiros doutorados Honoris Causa da UBI, juntamente com Nabais Conde e Ribeiro Go.
Recorde-se que Pinto Peixoto tinha já sido homenageado pela UBI. Desde há vários anos que o anfiteatro 4.1, “onde gostava de dar aulas”, passou a ter o seu nome, recorda Santos Silva.