Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 357 de 2006-12-05 |
O sector têxtil em debate na UBI
Especialistas da área têxtil estiveram na UBI, para discutir a situação actual do sector. Durante a sessão foram expostos dois case-studies de empresas de sucesso da região da Cova da Beira.
> Susana DuarteO edifício das Engenharias foi o local escolhido para a conferência intitulada “Desafios estratégicos para o sector têxtil e vestuário da Beira Interior”, realizada na passada quinta-feira, 30, com organização da AIESEC.
Rui Miguel, presidente do Departamento de Tecnologias Têxteis da UBI, destacou o facto de Portugal ter empresas que estão ao nível das melhores da Europa, mas lamentou que em Portugal os empresários não sejam mais empreendedores. Rui Miguel explica este problema com a a forma de ser dos portugueses. Referiu ainda, que as empresas não podem ter medo de potenciais concorrentes: “Nenhum industrial deve temer a concorrência, porque nasceu nela”, referiu. Abordando a questão da invasão de têxteis Chineses, o docente da UBI defende que a China tem um mercado têxtil de gama alta e que seria benéfico para Portugal, em vez de considerar o mercado Chinês como uma ameaça, encará-lo como uma oportunidade e possível aliado. “A China é mais ou menos como um eucalipto, seca tudo o que está à volta”, refere Rui Miguel, que atribui aos importadores europeus a culpa pela situação vivida pelo sector têxtil no velho continente.
Durante a sessão foram ainda apresentados dois case-studies: a empresa Paulo Oliveira SA e a Dielmar. Ambas são empresas familiares, que trabalham no sector têxtil e representam dois casos de sucesso. A professora da UBI, Maria José da Silva, apresentou o exemplo da empresa Paulo Oliveira SA e salientou que “é uma empresa que cria riqueza para uma região e para um país”.Nas conclusões, o professor da UBI, João Leitão, realçou que o objectivo da iniciativa passava por conseguir uma aproximação da comunidade empresarial ao meio universitário, tentando juntar estas duas linhas de pensamento e actualizar tanto empresários, como académicos através da partilha de conhecimento.
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