Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 357 de 2006-12-05 |
“O Idiota”, de Dostoiévski, é considerada uma das maiores obras da literatura russa.
”Após uma longa ausência de São Petersburgo, o príncipe Míchkin retorna ao seu país. Oficialmente sofre de um estado de depressão nervosa. Na verdade, a real dição do príncipe é uma forma totalmente idiota de ser, que se torna visível na mais pequena demonstração da vontade que carece ter. Consequentemente à falta de decisão e vontade própria, Míchkin tem uma confiança ilimitada naqueles que o rodeiam. No decorrer da sua viagem conhece Rogójin, um exuberante e abastado jovem de quem se faz amigo. Rogójin entretém o príncipe com o desenvolver da sua ardente paixão por uma certa Nastássia Filíppovna, mulher bela e generosa, mas de reputação duvidosa. Ao chegar a casa do general Epantchin, Míchkin ouve falar nova-mente de Nastássia e apercebe-se que Gánia, o jovem secretário do general, pretende desposá-la pelo seu dote. O príncipe sente o desejo irresistível de a encontrar, o que acontece na casa de Gánia. Segundo o seu entender, Nastássia não merece casar com um homem que não a ame, que queira apenas o seu dinheiro, como é a intenção de Gánia.
Entretanto um embriagado Rogójin oferece a Filíppovna uma enorme quantia de dinheiro para que ela fique com ele. Míchkin percebe o desespero em que a jovem mulher se encontra e pede-a em casamento para a salvar da perdição total, mas Nastássia acaba por se render e fugir com o rico mercador. Os dois homens, anteriormente unidos por uma cúmplice amizade, tornam-se temíveis rivais”. E a partir daqui há um desenrolar de peripécias.
Dostoiévski demonstra o que pode suceder a um homem genuinamente bom quando posto em confronto directo com a pérfida realidade envolvente. Publicado em 1869, “O Idiota” retrata o conflito sentimental sem resposta entre o bem, o belo, o mal, o ódio, a aversão e o rancor.
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