Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 357 de 2006-12-05 |
“Gestão das Emoções” como auxílio aos docentes
O Sindicato dos Professores da Zona Centro realizou na segunda-feira, dia 27 de Novembro, uma acção de formação sobre a capacidade de alunos e docentes aprenderem a gerir as emoções
> Maria Jose AzevedoTentar mudar alguns métodos de trabalho dos professores de forma a conseguir ajudar os alunos a serem melhores pessoas, foi um dos objectivos desta acção de formação realizada pelo Sindicato de Professores da Zona Centro (SPZC). O encontro de Professores decorreu no dia 27 de Novembro, no Anfiteatro B (Azul), da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior.
“A nossa mente, se não for treinada, habitualmente é muito dispersa”, refere Constança Azevedo. No dia-a-dia as pessoas têm dificuldade em saber gerir e controlar as emoções, “elas não se estudam, vivem-se”, profere esta especialista em educação especial.
Quando os alunos vão para uma aula é fundamental que saibam quais os seus objectivos pessoais e isso é algo que se aprende desde a infância. “Senão eles vão para as aulas quase obrigados. Qualquer dia temos que pagar-lhes para assistirem a uma aula”, continua.No decorrer da acção de formação, efectuaram-se alguns exercícios que poderão servir de ferramentas para os presentes utilizarem nas suas aulas. Um dos exercícios consistiu na recitação de um poema de Portia Nelson intitulado “Há um buraco no meu passeio”.Cada capítulo poderá corresponder a determinadas alturas da nossa vida, uma vez que não existe ninguém que possua um controlo total das emoções, nem que seja integralmente descontrolado. A passagem de capítulos corresponde a todos os passos emocionais de crescimento de uma pessoa.
Constança Azevedo diz que “a forma como nós aprendemos é a fazer, a treinar”. Daí que a inteligência se desenvolva com o treino. “ Desde pequenos que temos que incentivar a aprendizagem”.
A subtileza de significados está relacionada com a capacidade de se dizerem as coisas. “Há alunos que têm mais aptidões do que outros”, afirma. Isto está relacionado com os vários tipos de inteligência, sendo eles a Inteligência Linguística, Lógico-Matemática, Espacial, Musical, Corporal-Cinestésica, Interpessoal, Intra-Pessoal, Espiritual e Emocional. Esta última é a que nos fornece o equilíbrio e a que necessitamos de trabalhar. É a combinação de todas as outras, a capacidade de em cada momento perceber a melhor solução. Tal como pronuncia Aristóteles, “a capacidade de fazer a coisa certa, na hora certa, pelo motivo certo, da maneira certa e com a pessoa certa”.
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