Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 356 de 2006-11-28 |
Como lidar com a Esclerose Múltipla
Esclarecer e sensibilizar foram as palavras de ordem da VII Acção/Convívio sobre Esclerose Múltipla da Beira Interior, realizada no passado sábado, 25 de Novembro. A iniciativa partiu do Núcleo da Beira Interior da Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (NBI-SPEM).
> Daniela SilvaO que é a esclerose múltipla (EM), quais os sintomas mais comuns, como atenuá-los? Foram estas as perguntas às quais se tentou responder na VII Acção/Convívio sobre Esclerose Múltipla da Beira Interior, realizada no auditório do Centro Hospitalar da Cova da Beira.
Maria de Jesus Mata, porta-voz do NBI-SPEM, considera importante a realização destas actividades, uma vez que “quanto mais as pessoas souberem sobre o assunto, mais fácil será a integração dos doentes na sociedade”. Esta é uma doença inflamatória do Sistema Nervoso Central, que interfere com a capacidade de controlar funções como a visão, o caminhar e o falar entre outras, daí que “seja importante dá-la a conhecer”, acrescenta a responsável.
A primeira de duas partes deste evento foi dedicada à fisioterapia como atenuante dos sintomas desta doença e ficou a cargo de Helena Antunes e Carla Matos Ribas, fisioterapeutas no Centro Hospitalar da Cova da Beira. A fisioterapia é uma forma de atenuar os sintomas, “não faz milagres, mas não deixa evoluir tanto a doença e proporciona uma melhor qualidade de vida” refere Helena Antunes. “Aumentar a resistência do indivíduo, encontrando o equilíbrio entre o binómio actividade-repouso, é muito importante na EM para evitar a fadiga”, conclui. Os exercícios de reabilitação pretendem melhorar as condições físicas e psíquicas do paciente, para que este consiga obter a máxima independência funcional.
A hidroterapia também contribui para a reabilitação e foi outro tema abordado nesta acção, ficando a cargo de Nuno Machado. Aqui tal como na fisioterapia pretende-se aumentar a capacidade de realizar habilidades funcionais mais rápidas e ter uma mobilidade mais independente. “A hidroterapia pode ser benéfica porque pode aumentar a qualidade de vida das pessoas, pode permitir sistematizar uma série de movimentos que estavam perdidos, e melhorar a postura no dia-a-dia”, refere o hidroterapeuta. Para além dos benefícios físicos, os psicológicos são também muito importantes, pois proporcionam uma melhor qualidade de vida, aumentam o bem-estar emocional, a aparência, o prazer de viver e a auto-estima.
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