Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 353 de 2006-11-07 |
Covilhã de “má saúde”
Um inquérito realizado pela autarquia covilhanense mostra “resultados alarmantes” na área da Saúde. Segundo a câmara, quem necessita de uma consulta de oftalmologia, na Covilhã, “tem de esperar dois anos”.
> Eduardo AlvesCarlos Pinto, presidente da autarquia covilhanense, voltou a lembrar o “problema de saúde” que afecta todo o concelho. Segundo o social-democrata, os munícipes covilhanenses enfrentam “grandes dificuldades” no acesso aos cuidados de Saúde. Isto porque, a autarquia elaborou um inquérito junto das entidades de saúde do concelho e registou “casos alarmantes”, sublinha o presidente de executivo camarário. Carlos Pinto garante que, segundo o mesmo inquérito, “para se ter acesso a uma consulta de oftalmologia, espera-se mais de dois anos”. Para além desta área, existem outras “que estão muito mal”. Pinto voltou a falar no assunto da Saúde “por afectar todas as pessoas”, numa semana em que a revista Sábado publica os resultados de um estudo inédito realizado no nosso País e que classifica os hospitais portugueses. A Escola Nacional de Saúde Pública, entidade que realizou este mesmo estudo e posterior ranking, colocou o Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) em quarto lugar, depois do Hospital de São João, no Porto, Hospitais da Universidade de Coimbra, e Hospital de Santa Maria, em Lisboa. O social-democrata mostrou-se satisfeito com este resultado, mas diz que o estudo feito pela câmara aponta “falhas no acesso aos cuidados de saúde”.
Por sua vez, os vereadores da oposição levantaram algumas questões sobre o referido inquérito camarário. José Serra dos Reis e Telma Madaleno adiantaram à comunicação social que vão interrogar os responsáveis pelo CHCB e outras estruturas de saúde “para saber mais sobre este estudo”. Isto porque, quando os dois vereadores socialistas questionaram o presidente da autarquia sobre “os locais onde foi realizado o estudo, quantas pessoas responderam e outros tópicos, nada foi avançado”, adianta Serra dos Reis.
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