Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 352 de 2006-10-31 |
Medo do fracasso condiciona desenvolvimento intelectual
Situações em que a inteligência pode falhar e fontes de fracasso explicadas por Luísa Faria na conferência “Auto-conceito e sucesso escolar no ensino básico”
> Cátia FelícioO medo do fracasso e até mesmo do sucesso, assim como a falta de concentração, são alguns das fontes de fracasso que impedem o desenvolvimento intelectual. A ideia foi deixada na conferência “Auto-conceito e sucesso escolar no ensino básico” por Luísa Faria, docente doutorada na área de psicologia. Neste evento realizado na Sexta-feira, dia 27, na Universidade da Beira Interior (UBI), Luísa Faria disse que há várias fontes de fracasso que impedem o desenvolvimento intelectual.
“Há alunos com aptidões que não conseguem levar a cabo as tarefas a que se propõem e outros com menos aptidões que têm um melhor desempenho”. Acrescenta ainda que a falta de motivação tem o seu grau de influência. Referindo que ”a construção do auto-conceito tem na sua génese necessidades”, a docente salienta que o papel do “outro” é fundamental nesta construção.
O que impede o desenvolvimento intelectual? Luísa Faria aponta várias causas. Medo do fracasso, incapacidade para iniciar projectos/acções tarefas, distractibilidade e falta de concentração, são apenas algumas das fontes de fracasso. Também a pouca ou demasiada auto-confiança e o medo do sucesso podem ser condicionantes. ”O medo do sucesso pressiona-nos do ponto de vista social”, nota.
Além de doutorada, é também professora associada com agregação do Grupo de Psicologia e acredita que “a escola é uma das culpadas pela falta de balanço entre o pensamento analítico e o pensamento sintético”. Em vez de desenvolver o pensamento sintétito (criativo), a escola foca-se principalmente no pensamento analítico, explica a docente. “Conjunto de atitudes, sentimentos e conhecimentos acerca das capacidades, aparência e aceitabilidade social próprias” é a definição de auto-conceito que a docente considera mais apropriada.
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