Nova associação jovem nasce na cidade

A comissão instaladora da Juventude Albicastrense apresentou a associação aos albicastrenses, no passado sábado, dia em que o presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, inaugurou, a sede da colectividade, situada na Avenida da Carapalha.

Eduardo Vicente, presidente da comissão instaladora da Juventude Albicastrense, lembra que a nova colectividade tem com linhas fundamentais, o coleccionismo, o desporto e o apoio social. “Pretendemos sobretudo fazer actividades diferentes na cidade. A nível do coleccionismo já realizamos uma feira no terceiro domingo de cada mês, e promovemos um certame anual, considerado pelos feirantes, um dos melhores do país. Na área do desporto, pretendemos implementar as escolas do futsal, e na vertente social, temos uma equipa para desenvolver um projecto no sentido de levar a cabo um levantamento das valências que fazem falta na cidade, nomeadamente na terceira idade, e eventualmente no apoio domiciliário a pessoas com deficiência”.
Segundo o dirigente, a comissão instaladora com 16 elementos, funcionará cerca de um ano, após o qual decorerrão eleições para os corpos sociais.
Para ser sócio da Juventude Albicastrense, basta preencher uma ficha e a respectiva proposta de sócio, pagando anualmente cinco euros. “A colectividade foi fundada em Maio do corrente ano, estando inscritos 150 associados, sendo na sua maioria provenientes da cidade, podendo admitidos sócios de todas as faixas etárias”.
O presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, Jorge Neves, considera que a cidade também é feita com o associativismo. O autarca, acredita que a Juventude Albicastrense possa ser uma associação que vem ajudar a preencher de alguma forma uma lacuna na cidade, uma vez que vai dedicar-se a questões sociais, nomeadamente no apoio aos grupos mais carenciados, pelo que “vamos acompanhar o trabalho diário desta associação, colaborando em parceria com a autarquia, para que a cidade tenha uma maior qualidade de vida”.
Questionado sobre os problemas sociais existentes na cidade albicastrense, Jorge Neves, lembra que o período económico que o País atravessa, permite vários fenómenos sociais, devido ao desemprego e aos reformados com pensões mínimas. “Embora o papel da Junta de Freguesia não seja de apoio aos carenciados, temos de facto ajudado alguns deles, tentando de alguma forma, ultrapassar estas carências e lacunas. Para além disso, muitas das vezes, as pessoas sentem-se sózinhas e desamparadas, pelo que este tipo de associações pode vir a contribuir para diminuir essa situação”.
Para o presidente da Junta de Freguesia, a cidade está a ficar teoricamente, “mais generosa e solidária”.
Por sua vez, Miguel Nascimento, delegado regional do Instituto Português da Juventude, lembrou que o distrito de Castelo Branco, pertence ao interior do País, sofrendo problemas graves de desertificação e envelhecimento populacional, pelo que cada vez que nasce uma associação juvenil, “é uma vitória para o distrito” e um “contributo” para atenuar os efeitos da desertificação.
Octávio Machado, ex-treinador do Futebol Clube do Porto e do Sporting Clube de Portugal, que veio apadrinhar a nova associação, considerou “uma honra” apadrinhar uma colectividade que nasceu e tem um percurso enorme, já que tem projectos futuros. “Venho de um concelho (Palmela), que tem uma cultura de associativismo assumida por todos, nomeadamente pela autarquia, na qual desempenho as funções de vereador, em que apoia dentro das regras e dos planos de actividades de cada uma das colectividades, porque tem a consciência que o associativismo faz parte da cultura do povo português”.
O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, Joaquim Morão, enalteceu as virtudes dos novos dirigentes da Juventude Albicastrense. “São pessoas que nos merecem toda a consideração, pelo seu passado no associativismo, nomeadamente com a realização das feiras de coleccionismo, em que autarquia tem apoiado, e pretende criar ainda mais condições para que sejam sempre valorizadas”.
O autarca, manifestou toda a disponibilidade da Câmara, para apoiar a nova colectividade, no sentido de poder engrandecê-la e poder desenvolver o seu trabalho. “Estamos disponíveis para dar corpo a mais iniciativas, que possam criar bem estar às pessoas. Vamos fazer com que a exemplo de outras associações, esta possa ter também um trabalho profícuo, contando com o apoio da autarquia”.