Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 351 de 2006-10-24 |
As aldeias, as vilas e as cidades são resultado da vontade dos homens. O trabalho do ser humano e as suas raízes à terra vão dando forma à comunidade. As relações inter-pessoais, o funcionamento da sociedade e a forma de estar, própria de cada ser vai atribuindo traços distintivos às comunidades de homens e mulheres.
A cidade da Covilhã, que outrora já foi vila, e também aldeia e nos primórdios, um pequeno aglomerado de pessoas, também guarda em si, páginas de história. O livro da autoria de António Rodrigues Assunção, intitulado “O Movimento Operário da Covilhã” pretende ser mais uma achega para a história da “Manchester Portuguesa”.
Nesta obra, que resulta de uma pesquisa profunda aos dados que dizem respeito à indústria fabril, pode conhecer-se um pouco melhor a Covilhã do início do século XX, cidade que ainda trabalhava sob a força do vapor e que apresentava já uma população de cerca de 17 mil pessoas. Apenas cinco cidades portuguesas tinham esse número de cidadãos. Cidade onde existiam 3480 operários que laboravam com 1666 teares manuais. Nos primeiros anos do século passado, este livro diz-nos que a Covilhã tinha 107 estabelecimentos comerciais e 12 fábricas de produção, às quais se juntavam os 577 pequenos negócios familiares.
Estes e outros aspectos podem ser conhecidos nesta obra que agora dá início a uma série de volumes históricos sobre a cidade neve. Um livro que descreve as agruras de quem trabalhava “durante 19 horas por dia, de segunda a domingo”.
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