Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 351 de 2006-10-24 |
Uma maratona de problemas
Durante cinco horas, 136 pessoas estiveram “agarradas” a outros tantos computadores com o objectivo de resolverem nove problemas relacionados com as actividades da sociedade actual. No final, esta maratona de informática, realizada na UBI, foi ganha por alunos da Universidade do Porto.
> Eduardo AlvesForam cinco horas em que os olhos mal saíram do ecrã dos computadores. Cada minuto contava e a meta desta Maratona Inter-Universitária de Programação (MIUP) ficava mais perto com o pulsar das teclas. No passado sábado, 21 de Outubro, a Biblioteca Central da UBI recebeu os cerca de 140 participantes desta prova realizada entre alunos de diversas universidades portuguesas.
O objectivo central desta “corrida informática” passa por “resolver o maior número possível de problemas relacionados com o quotidiano e com a sociedade actual” através da programação de um computador. Simão Sousa, docente no Departamento de Informática da UBI e um dos organizadores, explica que este ano os concorrentes tinham um total de nove problemas para resolver. Durante cinco horas, “todos os que estão na prova têm de programar, através do computador, uma solução para os problemas lançados”. Destreza na resolução, bons conhecimentos de algoritmos, rapidez de programação e bom espírito de equipa “são factores essenciais”. Nesta maratona informática onde são usadas linguagens de programação C, C++, Java e Pascal, procura-se resolver o maior número de casos. Desafios que podem ser de diversa ordem, como por exemplo “encontrar a ocupação óptima das carruagens de um comboio, quando se sabe previamente, o número de ocupantes e quais as classes em que querem viajar”. O docente que fez parte da comissão organizadora, juntamente com Manuela Pereira e Paul Crocker, também docentes do Departamento de Informática da UBI, explica ainda que este tipo de evento serve para demonstrar as potencialidades dos computadores.
A aplicação da informática à vida quotidiana pode também passar pela resolução do problema das maternidades. Simão Sousa adianta que um dos problemas colocados aos 136 participantes deste MIUP “falava das maternidades na região Centro”. Este problema consistia em perceber “qual das maternidades deve encerrar”. Isto porque estuda diversos factores, como a distância entre as valências hospitalares, a possibilidade das estradas se encontrarem congestionadas, entre outros aspectos.
O balanço feito pelos organizadores deste desafio foi “muito bom”. Os objectivos principais, que passam por “alertar, cativar, motivar e preparar equipas de instituições universitárias portuguesas para uma participação meritória a nível internacional”, em provas informáticas, “foi atingido”, sublinha o docente. O primeiro lugar foi conquistado pela equipa “The Phoenix Foundation”. A formação que dá pelo nome de “Onslaugth” foi a representante da UBI nas dez primeiras. No que diz respeito à tabela de classificação, os responsáveis pela organização deste MIUP destacam um acontecimento inédito. Três alunos “que entraram para o Ensino Superior há pouco mais de dois meses”, conseguiram vencer a prova, “ainda que não estivessem a competir de forma oficial”. A equipa dos “Lusco-Fusco” é constituída por três alunos que “no Ensino Secundário tinham já sido campeões nacionais de provas de informática” explica Simão Sousa. Agora vieram à UBI “participar de forma experimental” e conseguiram obter os melhores resultados. Nesta prova estiveram presentes alunos e docentes da Universidade do Minho, Universidade de Aveiro, Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Instituto Superior Técnico, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e da UBI, que apresentou quatro equipas a concurso.
Multimédia