Reforço de carreiras no Couto Mineiro decidido para a semana

Uma primeira reunião entre autarquia, juntas e Auto Transportes revelou-se inconclusiva. Para a semana haverá novo encontro para decidir futuro das carreiras no Couto Mineiro. Freguesias têm ficar sem transportes públicos.

Foi inconclusiva a reunião entre a Auto Transportes do Fundão, Câmara da Covilhã e as Juntas de Freguesia do Couto Mineiro, que decorreu na passada quarta-feira, 20, em que se analisou o possível reforço de transportes públicos para aquela zona do concelho da Covilhã. Um encontro que surge depois de, em Agosto, a população de São Jorge da Beira ter barrado nesta localidade a saída dos dois autocarros da empresa, em protesto contra a suspensão de duas carreiras para o Fundão.
Segundo Fausto Baptista, presidente da Junta de Freguesia de São Jorge da Beira, o encontro terá corrido bem, mas que “não foi conclusivo”. Daí que, na próxima semana, haverá novo encontro para decidir o futuro dos transportes públicos nesta zona do concelho da Covilhã.
Recorde-se que de três serviços diários, seis viagens, a empresa comunicou à Junta de freguesia que a partir de dia 7 de Agosto ia reduzir o serviço a duas viagens por dia, com saída da localidade às 6h35 e regresso às 19h40. Uma decisão que motivou cerca de 200 pessoas a concentrarem-se no local, indignadas com a notícia de que para irem ao Fundão ou Silvares teriam apenas um autocarro de manhã e outro ao final da tarde para o regresso, com os transtornos inerentes. Apesar de a Auto Transportes não ter dado explicações à comunicação social, esta decisão, ao que tudo indica, prendia-se com a falta de rentabilidade das carreiras para o Couto Mineiro.
Presentes na reunião da última semana estiveram os presidentes de Junta de Aldeia de São Francisco de Assis e de Cortes do Meio, que também revelaram o seu desagrado pela formo como a empresa está a gerir as carreiras para aquelas localidades. Segundo José Luís Campos, autarca de Aldeia de São Francisco de Assis, “tem que haver uma melhoria de transportes para o concelho da Covilhã”. Já Paulo Rodrigues, autarca das Cortes, critica a falta de concorrência à empresa, que “detém o monopólio” dos transportes públicos no concelho e que assim gere horários a seu belo prazer. O autarca salienta que também a sua freguesia se arrisca a ficar sem duas carreiras. “Fiquei com essa sensação” salienta.