Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 345 de 2006-09-12 |
Caso “Nova Penteação” continua parado
O processo judicial que define a venda da “Nova Penteação” ao empresário têxtil Paulo de Oliveira continua a arrastar-se nos tribunais. Passados três anos sobre o encerramento da maior unidade fabril do concelho, trabalhadores e credores continuam sem receber.
> Eduardo AlvesAs novidades sobre este caso foram passadas aos antigos trabalhadores da “Nova Penteação” por Luís Garra, dirigente do Sindicato Têxtil da Beira Baixa. A reunião que juntou cerca de duas dezenas de antigos funcionários da maior empresa têxtil do concelho durou pouco mais de meia hora.
Segundo o dirigente sindical, um dos credores da ex-Nova Penteação, o empresário Rui Cardoso apresentou agora dois novos processos judiciais para travar o processo de venda da empresa. Recorde-se que o Tribunal da Covilhã acabou por decidir a venda da unidade fabril ao empresário Paulo de Oliveira. Dessa troca comercial, os trabalhadores iriam receber as suas indemnizações primeiro que os restantes credores. Paulo de Oliveira pagou, logo a seguir à decisão judicial, 75 por cento do valor em causa, ficando os restantes 25 por cento por pagar. Este empresário apenas tem de saldar o montante final “quando a decisão transitar em julgado”, explica Garra.
Até aqui tudo bem, não fosse o empresário Rui Cardoso ter recorrido da sentença, “o que atrasou todo o processo”. A deliberação judicial sobre o recurso foi contrária à vontade de Rui Cardoso e quando já todos esperavam que a sentença transitasse em julgado, o também empresário têxtil “avança com mais dois processos”, adianta Garra.
O dirigente sindical diz que esta atitude só tem uma leitura e é própria de “quem está aqui de má fé e numa forma de vingança”. Perante esta situação e com 25 por cento das indemnizações por receber, os trabalhadores decidiram “realizar um piquenique de protesto”, no próximo dia 13 de Outubro em frente às instalações da ex-Nova Penteação. Garra adianta ainda que enviou uma missiva ao empresário Paulo de Oliveira para que este se predisponha a pagar os restantes 25 por cento aos antigos operários da Nova. O dirigente sindical sabe que “a isso não é obrigado”, mas espera que o empresário têxtil responda de forma positiva a este pedido. Uma vez que assim “também se demonstra quem está a querer que este processo corra mal”, conclui.
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