Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 345 de 2006-09-12 |
Indignação no Sindicato de Profissionais de Polícia
António Ramos e António Cartaxo, dirigentes do SPP, dizem que não se justifica a atribuição de pena de aposentação compulsiva
> Cátia FelícioAs delegações da Covilhã, Castelo Branco e Guarda do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) reuniram-se na sexta-feira, dia 8, para um jantar de solidariedade para com António Ramos e António Cartaxo.
Apoiar estes dois dirigentes do SPP foi o objectivo desta iniciativa, que surgiu “na sequência da decisão conjunta da Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública (DN/PSP) e ministério da Administração Interna (MAI) que aplicaram a pena de aposentação compulsiva àqueles dirigentes do SPP".
António Ramos, presidente do SPP/PSP, e António Cartaxo, secretário regional da zona sul daquele sindicato marcaram presença neste jantar, realizado no restaurante Sporting, na Covilhã.
Indignado, António Cartaxo considera que há hostilidade para com o Sindicato Profissional de Polícias. Diz que “nada justifica que o senhor ministro tenha tido uma atitude destas”. E acrescenta, “nós quando fizemos as declarações que deram origem aos processos dizemo-las na condições de sindicalistas. Ou seja, se eu digo qualquer coisa incómoda enquanto polícia cai-me um processo disciplinar em cima. E se eu digo uma coisa incómoda na condição de sindicalista cai-me o mesmo processo em cima. Há aqui qualquer coisa que não se entende”.
Em 21 anos de serviço, António Cartaxo diz nunca ter tido um processo disciplinar, tem a folha de matrícula limpa e atribuídas as medalhas de cobre e prata de comportamento exemplar. “Não percebo como é que o ministério da Administração Interna tem uma atitude destas”. Explica ainda que esta decisão tem como intenção criar um ambiente de medo no movimento sindical da polícia.
António Ramos também se queixa da medida e diz que, à luz da lei, não entende porque é que estão a ser punidos. Refere-se ao regulamento disciplinar como desajustado e diz que “entendemos esta decisão como uma perseguição política”. Explica ainda que a lei só faz restrição ao direito à greve e no que toca aos sindicatos nenhuma das quatro restrições existente é violado.
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