Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 344 de 2006-09-05 |
Universidades e Politécnicos contra Governo
A adaptação dos currículos a Bolonha está a gerar alguma controvérsia no meio universitário. Isto porque, o Governo prepara-se para chumbar vários projectos de mestrados integrados e mestrados leccionados em institutos politécnicos.
> UrbiA Universidade da Beira Interior, a Universidade Nova de Lisboa e a Universidade de Évora são apenas três de entre um vasto conjunto de instituições que ponderam recorrer legalmente de uma decisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES). No seio de toda a polémica está a adaptação dos cursos existentes ao modelo proposto por Bolonha.
A Direcção Geral do Ensino Superior (DGES) acabou por aceitar apenas alguns cursos que compreendiam um ciclo de estudo integrado. Neste caso, o aluno entra para a Universidade e frequenta um primeiro ciclo, de três anos, que lhe dá direito a uma licenciatura, passando depois para um segundo ciclo, de dois anos, que lhe confere o grau de mestre, sem que o valor das propinas seja aumentado.
Segundo as instituições, todo o problema está no facto da DGES ter aprovado alguns modelos para um número de universidades e ter reprovado outros, idênticos, propostos pelas restantes. Esta recusa, “infundada”, no entender dos responsáveis, vai ter de ser repensada.
Outro dos processos pode partir dos institutos politécnicos, que viram recusada a sua pretensão de ministrar mestrados. A justificação para esta medida foi transmitida através de carta enviada pela DGES a todos os politécnicos. Na missiva podia ler-se que “apesar do grande esforço das instituições em fornecerem os diferentes elementos, um conjunto de dúvidas subsiste no que respeita à qualificação e adequação do corpo docente aos recursos materiais, e ao desenvolvimento da actividade reconhecida da formação e investigação ou de desenvolvimento da natureza profissional de alto nível”.
O Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos (CCISP) já reagiu a esta decisão e pede mesmo a intervenção de Mariano Gago, ministro da tutela em toda esta polémica.
Fonte: [Diário Económico]
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