O valor das Universidades

O número de empresas que surgem no seio de universidades inglesas “disparou”. Existem cada vez mais académicos a comercializar o resultado das suas pesquisas laboratoriais. Mas também começam a surgir vozes contrárias a esta política.

Se até há bem pouco tempo os resultados das pesquisas, estudos e investigações académicas acabava nas prateleiras das bibliotecas ou numa gaveta de um qualquer gabinete, agora parecem tomar outro rumo.
Nas universidades inglesas são cada vez mais os docentes e investigadores que se tornam empresários. Desde a mecânica à biologia química, as mais diversas áreas científicas estão a abrir as portas ao mundo empresarial. Segundo adianta o Diário Económico, citando o Financial Times, os académicos ingleses estão agora a “dar utilidade às suas pesquisas e construir novas ligações entre as universidades e as empresas”.
No seio dos campus universitários começam a surgir empresas ou com capitais das próprias universidades, ou de origem privada, que tentam comercializar em larga escala os resultados dos projectos universitários. Desde Oxford ao Imperial College London, muitas são as instituições universitárias inglesas que estão a promover a criação de empresas. Os académicos acabam por se tornar também empresários e comercializar as suas “ideias”. Para além da questão financeira, os principais defensores destas políticas lembram ainda que os ganhos servem para construir novas estruturas, registar patentes e conferir destaque às instituições. Todavia, há já também algumas vozes discordantes que se começam a insurgir contra este tipo de projectos. Muitos dos académicos e mesmo empresários que se mostram contra estas medidas fazem-no porque “há empresários a ganhar grandes somas de dinheiro com as ideias de outros”, mas também porque alguns investigadores acabam por deixar de lado a área científica a que se dedicaram para gerir as suas empresas.

Fonte: [Diário Económico]