Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 344 de 2006-09-05 |
Museu valoriza acervo da velha Catedral
O pavilhão epigráfico de Idanha-a-Velha vai ser objecto de musealização, de modo a que todos possam perceber o que está escrito nas pedras da época romana presentes na Catedral.
> Notícias da CovilhãAs inscrições em pedra datadas da época romana na aldeia histórica de Idanha-a-Velha vão passar a ser "descodificadas" pelas novas tecnologias, possibilitando o acesso ao acervo da Catedral local. A intervenção, a cargo da autarquia de Idanha-a-Nova, permitirá aos visitantes "descodificar as antigas inscrições, as suas mensagens e múltiplas interpretações" através de equipamentos e uma aplicação informática concebida para o efeito, lê-se na memória descritiva do projecto.
Segundo o documento, o projecto consiste no "tratamento, valorização e disponibilização" do acervo da época romana, utilizando o pavilhão epigráfico (relativo às inscrições antigas em pedra), construído há cerca de seis anos para aquele fim e que será aberto ao público como espaço museológico. As inscrições gravadas na pedra pelos Romanos transmitem mensagens públicas, de carácter político, jurídico, religioso ou propagandístico, entre outros. A autarquia de Idanha-a-Nova pretende que o pavilhão seja "um encontro entre a comunicação na Antiguidade e a comunicação contemporânea", através de aplicações multimédia "apelativas".
As ferramentas informáticas ao dispor dos visitantes vão incluir um miradouro virtual, um "dispositivo de visualização inovador" que permitirá a sobreposição de informação digital sobre a paisagem em redor. Um "livro mágico", que proporcionará a leitura através de um ecrã táctil ou um comparador epigráfico, para descodificação das inscrições, incluem-se no rol de equipamentos do projecto.
O pavilhão epigráfico de Idanha-a-Velha foi construído no final da década de 90 ao abrigo do programa Aldeias Históricas de Portugal, que forneceu os meios financeiros. No entanto, o projecto acabou por não ser concluído "por limitações financeiras à época". "O projecto de arquitectura e a sua construção não alcançaram os parâmetros de eficácia exigíveis de modo a criar condições adequadas à correcta conservação dos equipamentos a instalar no seu interior nem a proporcionar condições ambientais para um uso confortável", lê-se no documento.
Segundo fonte da autarquia, o projecto de renovação do espaço, já adjudicado, tem um custo de 310 mil euros e deverá estar concluído em meados de 2007.
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