Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 343 de 2006-08-29 |
Distrital com apenas uma divisão agrada a técnicos e dirigentes
A maioria das pessoas ligadas aos clubes que vão participar na única divisão distrital de futebol concorda com a opção tomada pela AFCB. No entanto, há factores a ter em conta. Não se pense que não haverá descidas, pois para que isso aconteça basta que, para o ano, apareçam equipas a querer disputar a segunda divisão.
> Notícias da CovilhãJá desde 1988 que não havia, em Castelo Branco, uma única divisão de futebol. Ou seja, 19 anos depois, o distrito passa a ter uma competição única, em vez de uma primeira e segunda divisão, como aconteceu no ano passado. Razão: falta de equipas.
A decisão, tomada no início do mês de Julho, pela Associação de Futebol de Castelo Branco, em reunião com os clubes, foi do agrado de todos. Dos 12 clubes inicialmente inscritos para participarem (Fundão, Sernache, Estreito, Pedrógão, Atalaia, Oleiros, Valverde, Proença, Teixosense, Unhais, Alcains e Póvoa de Rio de Moinhos) e dos quatro que, inesperadamente, se viram nestas andanças, já que estavam inscritos para participarem no segundo escalão (Vila de Rei, Lardosa, Escalos de Cima e Orvalho), toda a gente ficou agradada. Mas o NC sabe que havia clubes à espreita desta hipótese e que estavam a adiar a sua inscrição, esperando primeiro pela decisão da AFCB, para depois se inscreverem “fora de horas”. No entanto, o órgão máximo do futebol distrital deu primeiro por encerradas as inscrições, para depois se decidir por um campeonato único.
Assim, esta época, as 16 equipas irão disputar um campeonato quase sem paragens, ao contrário do que aconteceu na época passada, com 30 jornadas e com início no dia 17 de Setembro, terminando em Maio de 2007.
Segundo muitos técnicos e dirigentes de clubes que este ano participam no distrital, esta nova fórmula via tornar, em termos desportivos, o campeonato bem mais competitivo que na época passada, em que o Penamacorense foi dono e senhor do título praticamente desde a primeira jornada. Também Luciano D’Almeida, secretário geral da AFCB, acredita nisso e até salienta que este distrital poderá fazer com que um futuro campeão vá melhor preparado para a terceira divisão. Este dirigente, porém, lamenta que não possa haver um distrital da primeira com 16 equipas e um da segunda, com 12 ou 14 conjuntos.
Nos treinadores, esta opção foi a mais correcta. Rui Melo, do Rio de Moinhos, que este ano subiu, diz que esta foi a melhor solução, mas que este é o reflexo da situação pela qual está a passar o futebol distrital. Ou seja, muito má, com clubes a desistirem ano após ano, por não terem condições financeiras para continuar. Já José Ramalho, do Oleiros, espera um campeonato mais competitivo, com mais que um candidato à subida.
Quanto a Rui Mesquita, treinador da Lardosa, preferia continuar na segunda divisão, pois o plantel estava a ser preparado para isso, e terá assim dificuldades em competir com equipas mais fortes. Vítor Palmeirão, do Teixosense, diz que este é o sinal de que o futebol distrital não anda por bons caminhos, apesar de acreditar que assim a prova será bem mais interessante. Já Nando, técnico do Unhais da Serram diz que um campeontao único com 16 equipas foi a melhor opção, pois assim os níveis competitivos serão maiores.
Não havendo segundo escalão, não haverá descidas, poderia pensar-se. Mas a verdade é que o que ficou acordado na reunião entre AFCB e clubes é que caso apareçam clubes interessados em participar na segunda divisão, para o ano, os dois últimos da primeira irão descer, continuando o primeiro escalão a ser disputado, na época 2007/2008, por 14 equipas.
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