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Criar raízes é o nome da edição número zero da revista A23

Revista A23 quer ser “estrada de acesso”

É uma revista gratuita, de âmbito nacional e cariz cultural. Nasceu na Beira Interior e pode ser encontrada em cafés, bibliotecas e associações.

> Cátia Felício

“Esta revista acaba por ser uma estrada de acesso e quando as pessoas a virem vão perceber isso”. Ricardo Paulouro, director da publicação, refere-se à Revista A23 como sendo uma estrada de acesso à cultura e a “diferentes olhares”. A revista inclui dossiers temáticos, grande reportagem, entrevista, crónica, ensaio e portfolio, entre outros textos. “Um conjunto de temas que tem por objectivo servir a comunidade e aproximar o Interior, de um ponto de vista artístico, do resto do país”.
A ideia nasceu em 2005, aquando da formação da Associação A23, no Fundão. Sai agora para a rua em formato A3, com muitas fotografias e uma boa dose de cultura, após uma parceria criada com o colectivo Contiudo.
O feedback tem sido positivo e as revistas colocadas em bibliotecas, cafés ou cybercentros rapidamente desaparecem.
No número zero, distribuído em Agosto, a revista apresenta várias secções e escolheu para "grande tema" o aumento da imigração na Beira Interior. “Os que chegam… e que ficam” é o nome do artigo que se apresenta como “uma reportagem que reflecte um dos fenómenos dos últimos anos. Os números não mentem, a imigração continua a aumentar na Beira Interior. Uma região que continua a cativar saudades, distâncias e memórias”.
Pretende ser uma revista diferente e assume-se “mais como um exercício de cidadania do que um conceito de jornalismo”. O projecto não se limita à região da Beira Interior e, de acordo com Ricardo Paulouro, é uma revista para chegar “às pessoas que têm um consumo regular de cultura”. E adianta que a distribuição será feita um pouco por todo o país, incluindo FNAC, Centro Cultural de Belém, Culturgest e Teatro Nacional Dona Maria, em Lisboa.
Um dos nossos objectivos é criar uma rede com todas as associações da Beira Interior e mostrar “coisas positivas e negativas”. Tal como a maioria da imprensa, também esta revista vive da publicidade.
“Em Portugal existem poucos hábitos de leitura”, diz o director da publicação. E aponta duas razões para a existência desta revista gratuita. Primeiro, “existindo poucos hábitos de leitura é difícil as pessoas darem um euro que seja por uma revista”. E a segunda razão tem a ver com os gastos que há na distribuição, sendo por isso colocada em vários pontos das cidades como cafés e bibliotecas, em vez de estar à venda em quiosques.
Ricardo Paulouro diz que a revista vive essencialmente de colaboradores e que há a possibilidades dos textos dos leitores serem publicados. Realça que é uma “edição sem fronteiras nem bloco partidário” mas que também não é um meio de comunicação social e nem pretende sê-lo. “É um conjunto de reflexões”, conclui.
O número zero da Revista A23 é dirigido mais para “sponsors”, sendo o número um tem lançamento previsto para Outubro.

 


Criar raízes é o nome da edição número zero da revista A23
Criar raízes é o nome da edição número zero da revista A23


Data de publicação: 2006-08-22 00:00:28
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