Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 337 de 2006-07-18 |
Câmara vai continuar o que o Polis não acabou
A autarquia albicastrense decidiu assumir os encargos das principais obras previstas no programa Polis. Joaquim Morão acredita que, até 2009, todas estarão concluídas.
> Notícias da CovilhãDevido, sobretudo, ao processo de dissolução do Programa Polis, a Câmara Municipal de Castelo Branco decidiu assumir a construção das principais obras projectadas no âmbito daquele projecto de recuperação urbanística. Entre as obras que passam para a autarquia incluem-se os arranjos exteriores da nova Biblioteca Municipal - edifício concluído mas ainda não equipado - os projectos da praça Postiguinho Valadares e Passeio da Muralha e a requalificação de várias artérias na zona antiga da cidade.
"Todo o programa estratégico do programa Polis vai ser cumprido. As obras que não foram concluídas no âmbito da sociedade Polis serão cumpridas pela Câmara Municipal" afirmou o presidente da Câmara, Joaquim Morão. Segundo o autarca, no caso da Biblioteca, o concurso para os arranjos exteriores - uma praça arborizada, que inclui uma cascata, situada por detrás as instalações do antigo quartel da Devesa - será lançado "dentro de um mês". "Vamos inaugurar a biblioteca sem ter os arranjos exteriores todos concluídos, porque é uma obra que só estará concluída no próximo ano", ressalva Morão.
Na praça Postiguinho Valadares, na zona antiga da cidade, o edifício da Portugal Telecom - que esteve para ser demolido – vai, afinal, ser rebaixado. A sua volumetria vai diminuir e está ainda prevista a construção de um parque de estacionamento subterrâneo e a requalificação do espaço à superfície.
Já o projecto urbano do Passeio da Muralha, pretende, segundo o projecto inicial "valorizar" aquela estrutura. Passa pela transformação do espaço numa alameda "com tratamento ao nível dos pavimentos, construção de pontos de água, zonas verdes, instalação de mobiliário urbano e iluminação cénica", propósito que implicará "a expropriação de algumas habitações e logradouros" naquela zona central da cidade.
Joaquim Morão explicou a dissolução da sociedade Polis frisando que esta "tinha um prazo para começar e para acabar". O plano inicial apontava o ano de 2004 como data de conclusão da reabilitação urbana, embora um relógio, ainda visível na página Internet da sociedade, remeta hoje essa data para daqui a 552 dias, cerca de ano e meio.
Ainda assim, o edil albicastrense estipula o final do actual mandato, em 2009, como limite para a conclusão das obras em falta, incluindo o futuro Centro de Arte Contemporânea (CAC), visível num filme do Polis mas não integrado, segundo o autarca, no plano estratégico. "Nunca esteve previsto ser construído dentro da sociedade Polis. É uma obra que entrará no próximo Quadro Comunitário de Apoio, e já sensibilizámos a senhora ministra da Cultura”, sublinha.
O CAC, uma obra de cerca de seis milhões de euros a ser construída entre o antigo quartel da Devesa e o Cine-Teatro Avenida, inclui um auditório para música de câmara e uma pista de patinagem no gelo.
Abandonada, segundo o presidente da Câmara, foi a construção de um meio de transporte (funicular) entre o castelo e a praça Postiguinho Valadares.
Entre as obras e projectos incluídas no programa Polis que estão concluídas incluem-se, ainda, a recuperação do Solar dos Cavaleiros para instalação do Museu Cargaleiro, a requalificação do Jardim do Paço, ex-libris de Castelo Branco e parque da Cidade, e a zona do largo da Sé.
Em construção está a Praça Académica, situada nas traseiras do Arquivo Distrital, no centro histórico, bem como o Centro de Monotorização e Interpretação Ambiental (CMIA), junto ao Governo Civil. A praça, com projecto do arquitecto João Teixeira, será implementada numa zona de encosta e verá as diferenças de cotas, vencidas por escadarias, com a dupla função de anfiteatro ao ar livre, e inclui um parque de estacionamento subterrâneo, com dois níveis e 74 lugares.
As intervenções incluídas no plano estratégico do Polis que falta concluir incluem, entre outras, o miradouro de São Gens (Castelo), a construção de um Centro de Interpretação e Casa de Chá no Jardim do Paço, o Centro Lúdico do Parque da Cidade e o restabelecimento da ligação pedonal entre aqueles dois espaços.
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