Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 337 de 2006-07-18 |
Poetisa beirã apresenta obras
“Quase e Poemas” e “Kupapata dos Sentidos” são os títulos das obras da autoria de Isabel Agos e com edição da Papiro Editora, lançadas, no passado domingo, 16 de Julho no Cybercentro de Castelo Branco.
> Notícias da CovilhãA poetisa, com raízes na Beira Baixa, lançou estes livros na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, no final de Junho, sendo agora apresentados por Lopes Marcelo, natural de Aranhas, Penamacor, e autor de diversas publicações sobre os mais variados temas, como poesia, economia ou política.
“Para mim foi um privilégio este encontro com estes livros e esta escrita”, começou por lembrar Lopes Marcelo, considerando que os poetas são pessoas cujo olhar é o aspecto fundamental. “São o elo de ligação com o mundo, sem partir de si próprios, mas com os outros e o universo em termos do olhar, assumindo-o e partilhando os olhares através das palavras. Aqui surge o artista e o operário da escrita, e a luz do olhar desta poetisa, fecunde as palavras nos poemas, e cada poema fica uma casa aberta de sentimentos e emoções, habitada por uma mobília intemporal, já que as palavras são fiéis depositárias, cristais de afecto, silenciosamente disponíveis para os olhares dos leitores”.
O apresentador destas obras considera que cada poema inserido nos livros é uma “pauta de partilha e uma oportunidade de encontro”, em que na poesia a pessoa “narra-se a si própria, permanecendo o respectivo centro da busca”.
Isabel Lago descreve que em Quase Poemas “os textos estão quase poemas, arrumados e alinhados. Baseando-me no quase, segue-se um novo curso quase só deles e estão em rota de colisão com outros acasos de vida, já quase desligados de mim”.
No que toca à obra Kupapata dos Sentidos, a autora lembra que os textos foram escritos durante a sua estadia de alguns meses em Angola, no ano de 2003, onde cumpria uma missão de serviço. O Kupapata é uma espécie de “táxi” que existe na região de Lobito-Benguela. “Não o encontrei na zona de Luanda. É uma espécie de motorizada de baixa cilindrada em que o passageiro vai à ‘pendura’ até ao seu destino”.
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