Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 336 de 2006-07-11 |
Árbitros portugueses sem apoio psicológico
Prova de mestrado em Ciências do Desporto revela níveis de negativismo, activação e autoconfiança em árbitros de futebol.
> Cátia FelícioComparar os níveis de negativismo, activação e autoconfiança dos árbitros de futebol portugueses foi o tema da prova de mestrado de Paulo Bastos. O candidato licenciou-se na UTAD e fez na UBI a sua tese de mestrado em Ciências do Desporto. A prova “Caracterização dos níveis de negativismo, activação e autoconfiança em árbitros de futebol” realizou-se dia 10, na Sala de Conselhos, no Pólo I da UBI.
Dos 301 inquéritos entregues para este estudo, foram respondidos 141. Entre os árbitros inquiridos, 12 foram árbitros do sexo feminino. O estudo visava testar 49 unidades nulas e tornou-se mais difícil por “haver poucos estudos neste campo. Há pouca bibliografia”, explica Paulo Bastos.
A influência dos aplausos e dos assobios, assim como da comunicação social, foram pontos abordados pelo candidato como sendo de pressão e que podem interferir com a forma de estar do árbitro.
Paulo Bastos diz que a nível psicológico há falta de apoio aos árbitros. “O que é feito são algumas formações, mas são poucas e isso não basta”.
A tese demorou dois anos a ser feita. O candidato contou ainda com o apoio da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF), “que entregou os inquéritos aos árbitros associados”. José Vasconcelos Raposo, docente na UTAD, esteve presente como arguente.
Uma das questões colocadas pelo arguente foi qual a influência na autoconfiança e disposição de um árbitro quando este está em divisões diferentes. Referindo-se, assim, à diferença entre um jogo da primeira liga e um na terceira divisão.
A prova de mestrado foi aprovada com a classificação de muito bom.
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