Táxis sob vigilância

Os 79 táxis que circulam no concelho da Covilhã vão estar equipados com um sistema GPS que permite ao motorista, entre outras funções, alertar para uma possível situação de perigo. O equipamento é pago pela câmara municipal.

Foi no Parque de Ciência e Tecnologia que um dos mais recentes sistemas de segurança para motoristas de táxi se deu a conhecer. O segundo encontro regional da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Automóveis Ligeiros (ANTRAL) reuniu várias dezenas de taxistas no Parkurbis. Na casa da ciência e da inovação, estes “profissionais do volante” ficaram a conhecer o sistema GPS que a Câmara da Covilhã vai agora pagar para todos os táxis que circulam no concelho.
Este tipo de instrumento, com um preço unitário de mil euros, vai ser instalado “em todos os táxis da Covilhã”, afirma Florêncio de Almeida, presidente da ANTRAL. A funcionar já em grande número em Lisboa, Porto e Algarve, esta nova ferramenta electrónica tem diversas aplicações, mas o seu principal objectivo é o de zelar pela segurança do motorista de táxi.
Todo o sistema é composto por uma antena GPS que liga o veículo a uma central de coordenação. As informações sobre a posição do automóvel e as informações que este recebe e emite são operadas numa pequena caixa situada dentro do veículo. Um pequeno visor, semelhante ao actual taxímetro, serve de ligação entre o motorista e a central. O condutor do veículo tem ainda acesso a um botão ou pedal que pode accionar em caso de perigo. José Frutuoso, engenheiro informático, responsável por este sistema, explica que um dos principais avanços é o facto “do motorista receber sempre um sinal de que alguém viu o seu alerta". Em caso de roubo, ou de tentativa de sequestro do motorista de táxi, este pode alertar a central que o seu pedido vai ser depois encaminhado para a polícia local com as informações sobre a localização exacta da viatura, a sua matrícula e descrição. Frutuoso explicou também como todo o sistema pode ajudar “em muitas aplicações o motorista”.
Este sistema vai agora ser disponibilizado aos 79 profissionais de táxi que “operam no concelho da Covilhã”. A autarquia serrana vai custear, na totalidade, os 79 mil euros “preço da instalação deste sistema”, explica Florêncio de Almeida. Para tal, os taxistas têm apenas de mostrar na autarquia os documentos da Segurança Social e das Finanças, onde comprovem que a sua actividade está legal.
Outro dos pontos que mereceu também o apoio de Carlos Pinto, presidente da edilidade covilhanense, foi o da criação de uma estação de abastecimento de combustíveis alternativos. Florêncio de Almeida explicou ao autarca que a ANTRAL conta montar várias estações de combustíveis menos poluentes e adaptar as viaturas dos seus associados a este tipo de energias. Para tal, necessitam depois de um espaço próprio para a instalação. Pinto aderiu à ideia e propôs mesmo que os veículos camarários e de todos os serviços de protecção civil possam também aderir a esse tipo de combustíveis.