Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 336 de 2006-07-11 |
Cine-Centro pode acolher Assembleia Municipal
As várias forças partidárias do concelho debateram a alteração de três planos de pormenor da cidade da Covilhã. No encontro da passada sexta-feira, 7 de Julho, foi também anunciada a possibilidade de instalação da Assembleia Municipal no Cine-Centro.
> Eduardo AlvesUma das mais conhecidas salas de cinema da cidade, desactivada há cerca de um ano pode vir a receber a Assembleia Municipal da Covilhã. O anúncio foi feito pelo presidente da autarquia na última reunião deste órgão concelhio. Segundo o que Carlos Pinto adiantou aos deputados municipais, houve um convite por parte da diocese da Guarda, proprietária da sala, para que a autarquia utilizasse o espaço que se encontra fechado há cerca de um ano. Pinto refere que o próximo será “a visita de um arquitecto” para que se possa transformar a antiga sala de cinema.
Mas o “filme” da última assembleia contou ainda com outras decisões, nomeadamente a revisão de três planos pormenor da cidade. Penedos Altos, Palmeira e Palmatória foram as zonas da Covilhã que mereceram a atenção desta assembleia. Os processos de revisão destas zonas foram votados favoravelmente com 49 votos do Partido Social Democrata (PSD), Partido Socialista (PS) e Partido Popular (PP) e com quatro votos contra do Partido Comunista Português (PCP) e Bloco de Esquerda (BE). Estas matérias geraram alguma polémica na assembleia, com o PCP a sublinhar a “falta de coerência camarária nestas questões”. Segundo Reis Silva “votam-se planos e alterações depois das obras já estarem feitas, quando este passo devia ter sido dado antes”. Também o mesmo deputado refere que as três zonas tratadas de forma igual “deviam merecer uma atenção singular”, uma vez que são zonas diferentes. O vereador do urbanismo, João Esgalhado, acabou por explicar que estas medidas vão actualizar o que está feito “e planear o que se poderá fazer”.
Aproveitando o facto de se discutirem os planos de pormenor e as actuações da autarquia em matéria urbanística, o deputado do Bloco de Esquerda, Serra dos Reis, interrogou o presidente da câmara acerca do processo instaurado pelo Instituto Português do Património (IPPAR) às obras da Degoldra. Carlos Pinto acabou por responder a Serra dos Reis de forma irónica. Segundo o edil, a autarquia gasta todos os meses “cinco mil euros com um arqueólogo”. Dinheiro que serve para pagar o trabalho de um especialista “que nas obras da rua da sede do Sporting da Covilhã parece que vai descobrir o túmulo de Ramsés II”.
A reunião de Julho da Assembleia Municipal da Covilhã serviu ainda para aprovar a conta de gerência dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento (SMAS) da Covilhã, relativas ao ano de 2006 e eleger Paulo Tourais, presidente da Junta de Freguesia do Ferro, para representante da assembleia no Conselho Municipal de Educação.
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