Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 334 de 2006-06-27 |
A liberdade de viver
Uma tese de mestrado que fala sobre a importância da Ética e a efectiva presença da liberdade foi apresentada no dia 20 de Junho, na UBI. O trabalho foi já distinguido com o Prémio D. Dinis 2006.
> Eduardo Alves“Para uma Ética do como se: Contingência e Liberdade em Aristóteles e Kant” assim se intitula a tese de mestrado na área da Filosofia da autoria de Ana Leonor Serra Morais dos Santos. A autora desta tese descreve-a como “polémica, porque toca os próprios fundamentos da Ética”.
Ana Leonor Santos apresenta como uma das teorias basilares do seu trabalho, a necessidade da existência de uma Ética mesmo quando não existe liberdade. Esta docente do Departamento de Comunicação e Artes chega mesmo a referir que o ser humano “nunca é livre”. Esta tese surge também como uma última tentativa de salvar a liberdade. Leonor Santos refere que o caso da não existência de liberdade se deve, por exemplo, há existência de instrumentalização nas relações inter-pessoais. Um trabalho que surge agora como ponto de partida para outros estudos sobre o livre arbítrio e a responsabilidade. Para explicar o seu trabalho, que foi distinguido com o Prémio D. Dinis 2006, Leonor Santos sublinha que “dizer que somos livres não quer dizer que possamos esvaziar o conteúdo da ética, da responsabilidade”. Para esta docente, mesmo num cenário de total liberdade, a responsabilidade pessoal, a ética de cada um, deve prevalecer.
O trabalho baseou-se em dois filósofos clássicos: Aristóteles e Kant. A docente da UBI, explica que “conseguimos chegar à ideia de liberdade que é precisamente a diferença entre fenómeno e coisa em si”.
António Carreto Fidalgo, professor Catedrático da Universidade da Beira Interior presidiu ao júri das provas, que foi ainda composto por José Manuel Boavida dos Santos, professor associado da Universidade da Beira Interior e Pedro Manuel dos Santos Alves, professor auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que foi arguente da tese que obteve a nota de Muito Bom.
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