Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 332 de 2006-06-13 |
Várias visões sobre clonagem
Miguel Castelo Branco, Ana Leonor Santos, Henrique Pereira e o capelão Luciano Costa dizem o que pensam sobre ética, bioética e clonagem reprodutiva
> Cátia FelícioValorizando a biodiversidade, Miguel Castelo Branco diz que a clonagem reprodutiva não faz sentido. Alerta ainda para as pressões comerciais de empresas que estariam interessadas em vender genes caso este tipo de clonagem se tornasse realidade. “Se não houver questões éticas pode conduzir-se a aberrações, questões comerciais, modas… É essa a espécie humana que queremos?”.
Ana Leonor Santos fez a distinção entre ética e ciência, abordou a teoria da derrapagem e focou a questão de tornar pessoas perfeitas.
Henrique Pereira, outro dos oradores, diz que a clonagem pode suscitar novas formas de discriminação. “E se um multimilionário aparecesse no vosso laboratório e vos pedisse um clone?”. O docente coloca a questão aos alunos de engenharia bioquímica presentes. Uma das alunas responde que não aceitaria. Levanta-se a questão do que é que é ético ou não fazer, mesmo mediante a autorização da pessoa que quer clonada.
Luciano Costa, capelão da UBI, salienta que estando diante do outro isso significa estar perante um problema e recorda que há experiências médico-científicas feitas sem autorização. “Um dos problemas é quem tem tutela para autorizar estas experiências. Há um vazio na nossa lei e quando não há lei tudo é possível”, conclui.
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