Rastreio ao cancro da pele alerta para riscos da exposição ao sol

O número de pessoas com cancro de pele, na região, tem aumentado. Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce. O Hospital Pêro da Covilhã promoveu um rastreio gratuito e informações sobre este tema.

Por ano são detectados entre dez a 12 novos casos de melanoma no Centro Hospitalar Cova da Beira e segundo Helena Melo, a única dermatologista da unidade hospitalar, o número de pessoas com cancro da pele tem aumentado. Por isso, frisa, é essencial um diagnóstico precoce, já que apesar de ser um dos tumores mais mortais é também um dos que tem maior probabilidade de cura cirúrgica, desde que detectado a tempo.
Nesse sentido, decorreu, na passada quinta-feira, 8, um rastreio gratuito ao cancro da pele e duas dermatologistas onde foram atendidas cerca de uma centena de pessoas. “Não queremos suscitar pânico ou medo nas pessoas, queremos apenas que fiquem atentas aos sinais de alarme e chegar à população de risco, deixar as pessoas mais alerta para chegar a nós mais cedo”, salienta Helena Melo, responsável pela iniciativa.
O grupo de risco, frisa a dermatologista, passa por quem tem antecedentes de melanoma maligno, quem tem um fototipo baixo, ou seja, pela clara e olhos claros, quem tem sinais de nascença superiores a 15 milímetros e quem tem sinais atípicos, que sejam irregulares, com variações de cor e de diâmetro superior a seis milímetros, “o tamanho das borrachas na ponta dos lápis”.
Para além deste rastreio foram também distribuídos folhetos informativos pelos alunos de Medicina da UBI. Impressos onde são dados alguns conselhos que recomendam que as pessoas evitem a exposição solar entre as 11 e as 17 horas, que vão renovando a aplicação do creme protector, usar chapéu, óculos escuros e evitar ter a pele molhada, porque a água aumenta a intensidade dos raios solares com o “efeito lupa”. A ideia de que não há cremes cem por cento eficazes e que nenhum protege das exposições prolongadas foi também transmitida.