Clonagem reprodutiva

As implicações da clonagem reprodutiva na ética e na bioética apresentadas num workshop sobre genética humana. Até que ponto é ético criar um ser geneticamente igual a outro já existente?

“Será a procura da imortalidade simbólica?”. A questão é levantada por Henrique Pereira, docente na UBI e doutorado em psicologia clínica, enquanto intervem no workshop “Bioética e Genética. Quais os limites?”. Henrique Pereira é um dos quatro docentes da UBI convidados para falar sobre o tema no anfiteatro da Biblioteca Central. A iniciativa partiu da Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) da UBI e reuniu, no dia 8 de Junho, vários alunos de engenharia bioquímica e docentes com experiência na matéria.
Na troca de ideias sobre clonagem reprodutiva destaca-se a ideia de que "muito dificilmente" os clones seriam iguais a cem por cento. Porque além do ponto de vista genético e biológico, há também a biografia de cada um de nós. ”Em termos de identidade seriam completamente diferentes. Há factores intrínsecos como a personalidade e valores, e extrínsecos que são importantes para moldar o comportamento”, diz Henrique Pereira.
José Cavaco, docente na FCS, moderou o encontro e explica que o objectivo do workshop é despertar consciências, ouvindo várias perspectivas sobre a bioética e genética. O docente defende que a ética é importante na formação dos alunos. E adianta que todos devemos formar a consciência em termos éticos.
Miguel Castelo Branco, docente na FCS, já foi presidente do Centro Hospitalar da Cova da Beira e participou na mesa redonda. Também Ana Leonor Santos, docente de ética e Luciano Costa, capelão da UBI e docente na FCS, partilharam a sua visão sobre clonagem reprodutiva e sobre o que é ou não ético. Além da clonagem reprodutiva, há também a clonagem terapêutica que é uma técnica que possibilita o fabrico de tecidos e não para fazer “cópia” de um indivíduo.

Ler mais:

Várias visões sobre clonagem