Área da saúde foi a que mais cresceu

As escolas que ministram cursos relacionados com a saúde triplicaram nos últimos dez anos. Segundo um estado avançado pelo jornal Público, em 2010, metade dos licenciados nesta área pode ficar sem emprego.

Uma década bastou para que o número de vagas em cursos relacionados com a saúde aumentasse de “algumas centenas para vários milhares por ano”. A contas foram feitas para o Sindicato das Ciências e Tecnologias da Saúde (SCTS), por Jorge Conde, docente na Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico de Coimbra. As principais conclusões deste trabalho foram agora apresentadas no jornal Público.
O autor do estudo aponta ainda para 2010 como sendo a data provável para que “cerca de metade dos licenciados nesta área tenha dificuldades em encontrar um emprego”. Conde refere ainda que este crescimento “desmesurado” pode levar ao descalabro do sector.
Este trabalho dá como exemplo o número de escolas de saúde. Portugal tinha em 1997 dez escolas nesta área, em 2005 “eram já 29, só na área das tecnologias da saúde, de onde são excluídos os cursos de Medicina, Enfermagem e Farmácia”. Um dos pontos que Jorge Conde frisa no seu trabalho é o facto das escolas do superior, desta área científica, representarem “um dos maiores negócios do ensino público e privado”.
O Público refere ainda que bastaria 825 novos licenciados, por ano, para dar resposta às necessidades do País. Mas todos os anos se formam mais de 4 mil novos licenciados na área da saúde.