Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 331 de 2006-06-06 |
Oportunidade para aprender
Cidadãos com mais de 23 anos de idade têm a oportunidade de ingressar no Ensino Superior. A UBI prepara já as provas que irão avaliar os candidatos aos vários cursos da instituição.
> Catarina RodriguesAprendizagem ao longo da vida, igualdade de oportunidades e atracção de novos públicos, foram os critérios que conduziram à alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo, no que diz respeito às provas especialmente destinadas a avaliar pessoas com mais de 23 anos que desejem frequentar o Ensino Superior.
Carlos Melo, director dos Serviços Académicos da UBI, explica que “podem concorrer todos os cidadãos que tenham completado 23 anos até Dezembro de 2005”.
As candidaturas têm que ser apresentadas até 7 de Julho, estando todas as informações e o formulário disponíveis on-line na página dos Serviços Académicos.
O sistema vai ser aplicado a todos os cursos que estarão em funcionamento na UBI. “Só não vai ser aplicado no curso de Medicina porque, na sequência do protocolo assinado com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e com o Ministério da Saúde, enquanto os primeiros alunos não concluírem o curso, o que vai acontecer no próximo ano, não podemos admitir alunos pelos concursos especiais de acesso”, explica Carlos Melo.
As provas integram a avaliação curricular do candidato, uma entrevista e uma prova de avaliação de conhecimentos constituída por uma parte dedicada à cultura geral e outra dedicada à área vocacional. O director dos Serviços Académicos da UBI explica que a prova de cultura geral “incidirá no domínio da língua portuguesa porque irá avaliar a capacidade de interpretação, expressão e a capacidade argumentativa do candidato”. A parte de natureza vocacional será sobre matérias específicas do curso em questão. Na classificação final, a avaliação curricular terá uma ponderação de 35 por cento, a entrevista 20 por cento e a prova de avaliação de conhecimentos, 45 por cento.
O número de vagas disponíveis para este tipo de candidaturas é de cinco por cento relativamente ao numerus clausus, mas Carlos Melo admite que “este número pode aumentar caso não sejam preenchidas todas as vagas no concurso nacional de acesso”.
As entrevistas aos candidatos vão decorrer de 19 a 23 de Junho, a prova de avaliação decorrerá de 26 a 30 de Junho e a afixação dos resultados finais será feita a 26 de Julho.
O júri das provas é presidido por José Pires Manso, docente do Departamento de Gestão e Economia, sendo vogais José Calheiros, docente da Faculdade de Ciências da Saúde, Carlos Cabrita, docente do Departamento de Engenharia Electromecânica, Manuel Saraiva, docente do Departamento de Matemática e Anabela Gradim, docente do Departamento de Comunicação e Artes.
Pires Manso lembra que as provas serão “de banda larga”, acrescentando que estas “devem apreciar o perfil e a formação genérica dos candidatos sem incidir em pontos específicos”.
Recorde-se que a Lei nº 49/2005, de 30 de Agosto, veio estabelecer a flexibilização do sistema, ao atribuir a cada uma das instituições a responsabilidade pela selecção de alunos adultos, privilegiando como critério a experiência profissional dos candidatos. Pires Manso considera que “passando este processo para o domínio das universidades, é possível que o número de candidatos venha a aumentar”.
Multimédia