Desde o terror norte-americano dos anos 70 até aos exercícios gore da atualidade, o Horrubilis III contou ainda com incursões pelo universo paranormal de Stephen King ou pela "Hora do Lobo", de Ingmar Bergman."É uma noite que dá para tudo", diz Nuno Matos, estudante de Cinema que participou na maratona pela terceira vez, até para "assuntos que não lembram ao diabo".

António Lopes, mentor da iniciativa, mostra-se satisfeito com a adesão. "Não sei se é por ser de terror, que habitualmente não passa muito, mas as pessoas interessam-se bastante", equaciona o representante do núcleo de Cinema.

Além das projeções, houve ainda espaço para uma feira de DVD's. Com o café a 30 cêntimos, foram muitos os que buscaram na cafeína a energia para permanecer acordados. Para evitar desperdícios, a organização reduziu a quantidade de alimentos disponíveis nos intervalos e aconselhou os participantes a levar os seus próprios mantimentos e agasalhos. António Lopes diz que levar cobertores para o auditório pode ser já uma tradição dos cinéfilos, mas não deixa de lançar um apelo ao reitor da universidade para que se ligue o ar condicionado na cinubiteca durante os eventos.

A pensar em quem não aprecia o género fílmico, o EYE I está agora a  preparar uma maratona dedicada a outro género. O organizador principal explica que os participantes têm solicitado "um ciclo de comédia, para alegrar os portugueses" pois  "com a crise que está, já chega de tristeza". Fernando Cabral, membro do núcleo, nunca completou a maratona, mas diz gostar de organizar eventos e do ambiente que se proporciona. O próximo evento, ainda sem data definida, conta agora com as sugestões do público.