Pelo quarto ano consecutivo que a história se repete no futsal feminino da AAUBI. Quando Arménio Coelho pegou neste projecto, ao qual se juntou mais tarde João Lino, o objectivo assumido desde sempre foi a equipa ser Campeã Nacional Universitária, mas o título parece querer sempre escapar. Na época de 2006/2007, a equipa atingiu a final da competição mas viria a perder para o Instituto Superior da Maia (ISMAI). Na época seguinte, a formação ubiana ficou-se pelas meias-finais, perdendo novamente com o ISMAI. Na época transacta, a AAUBI voltou a atingir a final do CNU, mas desta vez perdeu-a para a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP ou FCDEF).
Para esta época o objectivo era o mesmo e só um, vencer. Mas, mais uma vez, a AAUBI esbarrou as suas ambições nas meias-finais, depois de um percurso atribulado, perdendo com a tão bem conhecida equipa do ISMAI. É difícil encontrar justificações para as sucessivas falhas na procura da conquista de título, mas para João Lino, treinador adjunto da equipa, a UBI “teve superioridade no jogo da meia-final, mas perdemos a cabeça com a obrigatoriedade de vencer”. Mas o que falta para que esta equipa consiga ser finalmente campeã universitária? Para o treinador, “falta estarem concentradas naquilo que temos que fazer, pois temos jogadoras tecnicamente mais evoluídas que sentem a pressão para resolver”, explica João Lino, que afirma que a AAUBI é mais forte quando joga em equipa. Também Joana Santos tenta explicar o que falhou esta época. “Faltou mais cabeça, mais união de grupo e capacidade de finalização”, afirma a atleta que faz parte da equipa há quatro épocas, e que considera que este é já um problema persistente devido “à pressão que é criada sobre as jogadoras e o ambiente que as rodeia”. A apenas um ano na equipa, Raquel Fernandes sente grande diferença entre um CNU e o campeonato distrital, considerando o mais problema “o desgaste causado pelos quatro dias seguidos com jogos”.
Apesar de terem conquistado mais uma medalha, a quarta consecutiva, onde venceram duas de prata e duas de bronze, para as jogadoras e equipa técnica sabe a pouco e a equipa de futsal feminino da AAUBI tem já o pensamento no próximo ano. Para João Lino, “esta equipa merece ganhar um CNU pelo trabalho esforço e dedicação que demonstra e tenho a certeza que, em breve espaço de tempo, vamos ganhar”. Também Joana e Raquel não atiram a toalha ao chão, afirmando que “o objectivo está definido e enquanto podermos ajudar a UBI, é lutar até ao fim”.
A AAUBI apresenta-se como uma equipa de mentalidade ofensiva. Conforme explica João Lino, “neste torneio tivemos 114 remates feitos, contra 51, o que demonstra a nossa acutilância ofensiva”. Embora admita que esta mentalidade criar espaços atrás, o treinador afirma que esta é a forma de jogar e acredita que mais cedo ou mais tarde trará frutos. Outro motivo de orgulho para a equipa feminina é a pré-convocatória para a selecção nacional universitária de futsal feminino, que irá participar no Campeonato Mundial Universitário na Sérvia. São seis as atletas presentes na convocatória, isto quando a formação da UBI levou apenas dez atletas para a fase final dos CNU’s. Para Arménio Coelho, “é um orgulho como treinador ver o reconhecimento do trabalho realizado e ver reconhecido o valor das atletas”. O treinador da equipa afirma ainda que estava “à espera que mais uma atleta tivesse a oportunidade de integrar o estágio”, e deixa uma nota para o “trabalho realizado pelos clubes das jogadoras”, considerando também importante para esta chamada aos trabalhos na selecção. Quanto à convocatória final, Arménio Coelho acredita que estarão presentes atletas da UBI, avisando que isso “depende sempre do trabalho e concentração das jogadoras, bem como a disponibilidade da universidade e dos pais”. Isto porque o estágio terá a duração de três dias, decorrendo de 23 a 25 de Maio.
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