Objectivo cumprido! Foi esse o sentimento que Sofia Martins e Ana Resende demonstraram depois de conquistarem o ouro no Campeonato Nacional Universitário de Ténis de Mesa por equipas.
Depois de vencerem na final a dupla Ana Amaral e Cláudia Almeida, do Instituto Politécnico de Viseu, a dupla da AAUBI considerou que “o nível não foi tão elevado” mas que mesmo assim “foi preciso trabalhar para alcançar o ouro”.
Esta dupla ubiana, composta por Sofia Martins e Ana Resende, apenas este ano se juntou. Ana Resende, que voltou a competir este ano após longa paragem, afirma que “é preciso tempo de adaptação para nos conhecermos e percebermos as características das duas”. A atleta da UBI tinha já competido no desporto escolar, onde foi três vezes campeã distrital da Guarda.
A atleta Sofia Martins tem já um currículo extenso no ténis de mesa, tendo no ano passado vencido também a prova de ténis de mesa por equipas, participando assim no campeonato europeu na Sérvia. Sofia Martins também é responsável pelo ténis de mesa da UBI e fez agora, no final da época, uma avaliação daquilo que foi a época competitiva que passou. No primeiro Campeonato Nacional Universitário de Ténis de Mesa individual, realizado em Dezembro, a AAUBI contou com a presença de cinco atletas. Sofia Martins conquistou a medalha de prata na prova de singulares, novamente o segundo lugar na prova de pares femininos com Ana Resende e a medalha de Bronze na prova de pares masculinos com Joaquim Matos. A atleta considera que a primeira prova foi positiva, “tendo em conta o pouco tempo de preparação desde o inicio da época”.
Com mais tempo para preparar este CNU, que se disputou num só dia, quarta-feira, em Leça da Palmeira, Sofia Martins ficou satisfeita com o resultado mas lamenta a redução de elementos no ténis de mesa da UBI. Desde o primeiro torneio, onde participaram cinco atletas da universidade para o segundo CNU, onde apenas duas atletas competiram, Sofia Martins não encontra explicação para o sucedido, afirmando que os atletas deixaram de aparecer nos treinos. “Não sei se é por falta de apoio mas houve uma redução bastante grande de pessoas ligadas ao desporto, não só no ténis de mesa, mas também nas outras modalidades”, avisa Sofia Martins.
As atletas da AAUBI, com esta medalha de ouro garantiram também o direito de participar no Europeu Universitário de Ténis de Mesa. Quanto à possibilidade de isso acontecer, as atletas não escondem, “seria um orgulho enorme”. Para Sofia Martins, a possibilidade de participar num europeu tem um duplo significado. “Significa que representamos a nossa academia, o que é sempre gratificante tanto para nós, como o próprio prestígio para a universidade. Significa também que a modalidade ainda é reconhecida como um desporto activo, isto porque é uma modalidade com poucos apoios”, considera a atleta e responsável pelo ténis de mesa na UBI. Já para Ana Resende, poder participar num Europeu da modalidade seria a concretização de um sonho. “A possibilidade de ir disputar este campeonato fora dos pais, proporcionaria vivências únicas quer a nível social quer a nível desportivo”. As atletas têm noção das dificuldades competitivas que existem no Europeu, mas as jogadoras prometem “um aumento significativo dos treinos, se possível dividido pela manha e tarde, onde a duração também se fará sentir”.
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