Esta era uma partida de nervos para as duas formações. Para o Desportivo de Chaves, um empate bastava para garantir a manutenção, caso o Varzim perdesse na visita ao candidato à subida, o Portimonense. Para a equipa da casa, o Covilhã, uma derrota arrumava de vez o sonho da manutenção e uma vitória adiava para a última jornada a decisão da descida, pois os serranos visitam o Varzim.
A partida começou sem grande intensidade, pois as equipa não arriscavam. Ainda assim, quem entrou melhor foi a equipa da casa, que conquistou vários cantos e livres junto à área, sem no entanto ter criado perigo. Perigo esse que os flavienses também não conseguiram criar aos 12 minutos, quando Carlos Pinto apontou mal um livre perigoso à entrada da área do Covilhã. O veterano jogador do Desportivo viria mesmo a sair lesionado aos 21 minutos, entrando para o seu lugar Flávio Igor. Como diz o ditado “um mal nunca vem só”, passado um minuto o avançado covilhanense Basílio isola-se e finta o guarda-redes Rego, que não consegue cortar o lance e parece tocar no atacante, Basílio segue para a baliza e finaliza mas cai na área. O árbitro Lucilio Baptista considera falta do guardião, assinalando grande penalidade e expulsando o jogador. Obrigado a mexer novamente na equipa, Tulipa retira o capitão Castanheira para a entrada de Daniel Casaleiro, que fez assim a sua estreia esta época, mas que nada conseguiu fazer para travar o remate de Edgar, que inaugurou assim o marcador.
A resposta da equipa visitante não demorou muito e o empate até podia ter surgido em duas ocasiões que os flavienses não conseguiram concretizar. Primeiro aos 29 minutos, quando após um livre de Flávio Igor Bamba eleva-se mais alto e cabeceia à barra e depois por Bruno Magalhães que rematou em boa posição por cima, após um bom trabalho de Flávio Igor e Clemente na direita. Também o Covilhã podia ter aumentado a vantagem, por Zézinho, que jogou mais avançado no terreno que habitual, mas o remate saiu ao lado da baliza. Quando o intervalo se aproximava, os serranos elevam mesmo a vantagem no marcador. Jorge Monteiro conduz a jogada pela esquerda e cruza muito chegado à baliza de Casaleiro, que não consegue afastar a bola ao segundo poste, sobrando assim para Dani que com a baliza aberta não perdoa.
Com menos um jogador e a perder por 2-0 Manuel Tulipa esgotou as substituições e lançou Edu na partida para o lugar de Clemente. Logo a abrir o segundo tempo o Chaves podia ter reduzido a desvantagem. Na sequência de um livre de Flávio Igor, o Covilhã demorou a aliviar a bola e num corte do defesa covilhanense a bola bate nas costas de Lameirão e por pouco não engana o guarda-redes Igor. A resposta da equipa da casa apareceu pouco depois por Zézinho, em mais um bom trabalho do jogador do Covilhã a rematar forte mas ao lado da baliza.
O Desportivo de Chaves assumiu a partida e mesmo em inferioridade numérica ia tentando construir situações de ataque, o que originou mais espaços na defesa flaviense. Aos 14 e aos 19 minutos, Edgar e Basílio isolam-se pelo lado direito do ataque, mas das duas vezes valeu o corte de Lameirão, quando tinha nas costas jogadores do Covilhã prontos para finalizar. Apesar dos esforços, os flavienses nunca conseguiram incomodar verdadeiramente a baliza contrária.
O tempo ia passando e cada vez mais o Covilhã sentia o resultado controlado. Ainda assim, aos 87 Samson obrigou Igor a aplicar-se após a marcação de um livre perto da área, sendo este o último lance de perigo. Já perto do fim, uma discussão entre Diop e Steven Victória tirou os dois jogadores da última jornada do campeonato, pois viram o cartão amarelo.
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