O convite para a participação no “Uav’s Silent Stamina” chegou ao Departamento de Ciências Aeroespaciais (DCA) da UBI em Dezembro passado. Tratava-se da participação da academia covilhanense num evento promovido pela fabricante de aviões Lockheed Martin.
Este evento reuniu na cidade americana de Minneapolis, um vasto conjunto de universidades e outras instituições, com o objectivo de participarem no concurso de aeronaves não tripuladas. Para tal, os docentes da UBI desenvolveram uma aeronave capaz de voar durante cerca de quatro horas. Mas este evento colocava à partida um grande leque de desafios. Pedro Gamboa, presidente do DCA, esclarece que “as aeronaves a concurso devem ter o funcionamento mais silencioso possível, voar com um peso de 75 gramas de massa e serem alimentadas por uma bateria de dez watts/hora. Com esta fonte de energia, os aviões devem conseguir voar o maior tempo possível”.
Todas as condicionantes do concurso, onde a UBI participou pela primeira vez, foram conseguidas.
Miguel Ângelo Silvestre, docente do Departamento de Ciências Aeroespaciais foi um dos mentores do projecto e o responsável pelo aparelho durante o voo experimental que este fez na América. A UBI participou com um protótipo de veículo capaz de voar cerca de quatro horas, utilizando uma potência eléctrica na ordem de um Watt. “Uma autonomia muito superior à da concorrência das universidades americanas que participaram com modelos capazes de voar apenas uma hora”, sublinha o docente. Este aspecto é destacado por Pedro Gamboa. O presidente do DCA acrescenta que “no dia da competição, o avião da UBI conseguiu voar uma hora e 50 minutos, deixando a maior parte da energia na bateria, enquanto que o UAV vencedor voou apenas uma hora e aterrou com a bateria completamente descarregada”.
Contudo, e muito devido ao facto de ser a primeira presença da UBI nesta prova, o protótipo da academia covilhanense apresentou alguns pequenos problemas de estabilidade, “que resultaram dum programa de testes incompleto”, acrescentam os docentes. Um dos pontos a melhorar durante os próximos tempos, na Covilhã. Este tipo de problemas acabou por trazer alguns contratempos ao desempenho da aeronave, o que impediu uma classificação à altura do desempenho global da mesma.
O projecto foi chefiado por Miguel Silvestre e contou com a participação de Pedro Gamboa, presidente do Departamento de Ciências Aeroespaciais da UBI, e de alunos do segundo ano da licenciatura em Engenharia Aeronáutica que desenharam o modelo da aeronave em CAD 3D e, com isso, “tomaram conhecimento do processo de projecto e desenvolvimento duma aeronave real nas aulas práticas da disciplina de Design Aeronáutico Computacional”, sublinham os responsáveis.