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Negócio é negócio, e o antigo é que vende. Antiguidades, verdadeiras relíquias ou simples velharias poderiam ser descobertas durante a IV Feira de Velharias na Praça do Município entre os dias 26 e 28 de Maio. Desde mobiliário a porcelanas, jóias, discos de vinil e arte sacra, eram diversos os artigos expostos por comerciantes de várias localidades do País.
O bom ou mau estado de conservação é algo relativo, e a utilidade daquilo que se compra resume-se no valor histórico, simbólico e decorativo consagrado pelo passado. È desta forma que alguns compradores explicam o interesse por este tipo de feiras. Entre os diferentes fregueses destacam-se uns especiais: os coleccionadores.
João Pimenta já não recorda como surgiu o gosto de coleccionar moedas, mas sempre que pode traz consigo o livro que lhe facilita a ansiosa tarefa. “Estou a ver no meu livro aquelas que me faltam, mas até agora já encontrei quatro moedas que me interessam”, comentou o coleccionador, apressado para fazer negócio.
Tal como João Pimenta encontravam-se outros clientes na barraca de Jorge Simões. Ali havia moedas para todos. O comerciante da Figueira da Foz é um dos mais concorridos na feira de velharias.
Maria Maia de Almeida vem pela quarta vez expor os seus artigos na Covilhã, mas diz que o negócio é fraco. “Desde que iniciaram este evento tenho vindo à Covilhã, sobretudo porque gosto da cidade” confessou. A negociante de velharias acrescentou ainda que “ três dias de feira são mais que suficientes para os coleccionadores existentes na Covilhã”.
A importância que a actualidade atribui a tudo aquilo que é considerado antigo, e a possibilidade de relembrar o passado mediante os artigos visualizados, faz da feira de velharias uma das mais visitadas. As Feiras da Covilhã organizadas pela Câmara Municipal irão terminar com a II Feira do Associativismo que decorrerá entre os dias 2 e 4 de Junho.