A equipa da UBI que se deslocou até Nogaro, França
Shell Eco-Marathon
Embraiagem trama UBI

Mais uma vez, o azar parece ter acompanhado a equipa da Covilhã que marcou presença na mítica promovida pela Shell. No circuito de Nogaro, em França, o UBICAR acabou por não conseguir entrar na competição.


Por Eduardo Alves


Um projecto desenvolvido ao longo de várias semanas levou a UBI a França. O objectivo principal passava por participar na Shell Eco-Marathon 2006. Mas este ano, as coisas acabaram por não correr da melhor forma à equipa covilhanense que não conseguiu atingir os requisitos para entrar na competição.
O carro concebido e produzido por mais de 25 alunos e seis docentes da instituição de ensino superior “ainda percorreu alguns quilómetros para treinos e qualificações, mas não pontuou”, explica Francisco Proença Brójo, presidente do Departamento de Engenharia Electromecânica e também um dos docentes que se deslocou a França. Os dois conjuntos de embraiagens que foram montados no carro, “partiram e não houve como substitui-los”, confessa o responsável com alguma mágoa. Sem esta peça essencial ao funcionamento do veículo “este não pode competir”.
Francisco Brójo acaba por fazer um balanço positivo destas participações. Uma vez que o espírito do projecto “é dar a possibilidade aos alunos de colocarem em prática os seus conhecimentos teóricos”. Para além dos resultados oficiais, o docente que coordenou todo o projecto faz questão de sublinhar o esforço que todos os elementos colocaram na concepção do carro. No desenvolvimento do veículo estiveram alunos de várias licenciaturas como Engenharia Aeronáutica, Civil, Electromecânica, Mecânica e Electrotécnica. Para além dos alunos e docentes de Engenharia Informática “que produziram e actualizaram uma página na Internet dedicada ao UBICAR”, sublinha ainda Brójo.



Uma corrida de limites

O UBICAR nas provas de treinos

Os problemas mecânicos parecem acompanhar os protótipos da UBI, nesta prova. O docente explica, contudo, que esta é “uma prova de limites e todos os componentes estão sob um esforço enorme”. Desta forma, nem sempre os materiais respondem ao melhor nível.
Esta tem sido uma das principais razões que leva inúmeras equipas a abandonarem a competição mesmo antes de entrarem nas voltas oficiais. Mas para além do aspecto de competição, o presidente do Departamento de Electromecânica salienta a componente pedagógica presente neste desafio.
A prova de 2006 foi ganha pelo liceu francês “La Joliverie” que conseguiu atingir a média de 2885 quilómetros percorridos com um litro de combustível. O recorde permanece ainda com uma equipa da Suiça, que na prova do ano passado conseguiu atingir uma média de 3836 quilómetros percorridos com um litro de combustível.