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Perde-se a conta das pessoas que, todos os anos, vêm até à Covilhã para assistir à bênção das pastas. Este ano não foi excepção. Os alunos finalistas de várias licenciaturas da UBI reuniram-se no jardim de Nossa Senhora da Conceição para a cerimónia da bênção das pastas. A eucaristia de Acção de Graças teve início pelas 10 horas da manhã de sábado, dia 20, e foi presidida por D. Manuel Felício, Bispo da Guarda. O capelão da UBI, António Luciano Santos Costa, também esteve presente na cerimónia, onde cada curso escolheu um símbolo alusivo à licenciatura e fez um discurso sobre a UBI, a Covilhã e o seu significado na vida dos ubianos.
À tarde, a partir das 16 horas, Manuel Santos Silva, reitor da UBI, entregou as cartas de curso aos licenciados e mestres do ano de 2004/2005. Terminaram a licenciatura 540 alunos e cerca de 30 concluíram o grau de mestre. No momento de entrega dos diplomas, no anfiteatro das Sessões Solenes, Santos Silva perguntou aos licenciados o que estão actualmente a fazer. Após as respostas, faz um balanço “bastante positivo”. “É com muito agrado que verificamos que a maior parte dos licenciados da Universidade da Beira Interior estão empregados e sobretudo estão empregados nas áreas para as quais adquiriram formação”.
O reitor considera que este é um dia extremamente importante para a universidade. “É o culminar de toda uma carreira e dos objectivos a que nos propusemos, dando formação aos jovens”. E adianta, “digamos que a maior parte dos jovens estão a exercer a profissão para a qual adquiriram formação. E isso para nós é bastante importante e é com grande orgulho que ouvimos dizê-lo dos nossos licenciados”.
No entanto, há áreas nas quais os licenciados têm mais dificuldades em encontrar emprego. De acordo com o reitor, “a área mais complicada, infelizmente, é a área da Matemática Ensino. Por estranho que pareça e como todos nós sabemos, é uma área problemática a nível nacional. O que acontece é que os professores formados e julgo eu, bem formados pela universidade, não têm emprego a nível do ensino.” E porquê? Santos Silva explica que os lugares nas escolas estão tomados por outros que não adquiriram formação de professor. “É esse o problema. Mas de qualquer maneira é extremamente interessante ver que os alunos acabam por estar a ensinar matemática ao darem explicações ou mesmo em instituições privadas”. A diferença, conclui, é que os licenciados acabam por estar a ensinar matemática sem ser numa escola pública. |