A sessão de câmara decorreu em São Jorge da Beira
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Sessão de câmara
Apostar nos transportes colectivos
O executivo camarário deslocou-se até São Jorge da Beira para realizar uma sessão pública. O momento foi aproveitado pelo presidente da junta local para reivindicar diversas intervenções na freguesia mais a Sul do concelho.
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Por Eduardo
Alves
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Uma hora de viagem separa São Vicente da Beira da sede do concelho. Por entre a estreita e sinuosa via delimitada pelo Zêzere, os automóveis apenas conseguem deslocar-se em velocidades modestas. A freguesia mais a Sudoeste do concelho da Covilhã está para lá das Minas da Panasqueira, da Barroca Grande e de quase toda as intervenções que têm sido feitas na área da Covilhã. Os 39 quilómetros entre a São Vicente e a Covilhã, feitos por entre serras e estradas antigas, acabam por ser a principal razão que leva ao “esvaziamento” desta freguesia.
A última reunião pública do executivo camarário foi precisamente nesta localidade que em tempos se chamou “Cebola”. Mais de meia centena de populares assistiu, no salão de festas, junto à Igreja Matriz, a uma reunião de câmara diferente. O executivo municipal, instalado no palco daquela estrutura apresentou uma peça diferente. Todo o protocolo e rigor que marca estas sessões acabou por ser interrompido pelas palmas do público quando o executivo votou favoravelmente as obras para a ligação de São Jorge à anexa do Pereiro. Uma intervenção que tem vindo a ser adiada há já vários anos e que, quando concluída, vai permitir um acesso mais rápido à Covilhã.
Esta intervenção vai contar com o apoio da Beralt In, empresa que explora as minas da região. Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã refere que esta empreitada “vai começar em breve” e “termina uma promessa feita há muito”. Durante o próximo mês de Setembro, os responsáveis pela autarquia contam ter já a obra em andamento.
Caderno de encargos para transportes públicos |
Os transportes colectivos da Covilhã nos próximos dez anos foram debatidos em São Jorge |
Da reunião de São Vicente da Beira saiu também a abertura de concurso público para a concessão dos percursos urbanos e suburbanos num período de dez anos. Carlos Pinto, presidente da autarquia, explica que tem de existir uma reformulação dos actuais meios. Este caderno de encargos “vai apostar nas soluções não poluentes”. O caderno de encargos de vai agora ser elaborado “pretende dotar a Covilhã de meios mais actuais e adequados”. No entender do autarca, as viaturas não poluentes e de combustíveis amigos do ambiente “vão ter de estar presentes”. Uma condição requerida pela autarquia, à qual se juntam outras como a adequação das linhas, o horário dos transportes e “a qualidade e conforto” dos autocarros. O caderno de encargos vai estar pronto “dentro de pouco tempo”, segundo os responsáveis, e no início de 2007 abre-se concurso para mais dez anos de transportes colectivos. Em 2008 começa a operar o concessionário vencedor.
A autarquia espera uma melhor ligação ás freguesias e também “aos pólos industriais”. Uma ideia deixada por Miguel Nascimento, vereador socialista na CMC. Nascimento voltou a lembrar o executivo de maioria PSD que existem "diversos estudos realizados pela UBI" que devem ser levados em conta. Quer o social-democrata, Carlos Pinto, quer os vereadores socialistas na oposição, lembraram a necessidade de melhorar as ligações aos Parques Industriais do Tortosendo e do Canhoso. Uma melhoria que deve também ser acompanhada de horários mais ajustados com a realidade. Para além destas condicionantes, o novo caderno de encargos lembra ainda a necessidade de ajustar os transportes colectivos à realidade do concelho. Pinto exemplifica com os fins-de-semana, “onde circulam autocarros de 40 lugares para poucos utentes” e em dias de semana “pode ver-se a circular autocarros de menos lugares cheios de pessoas”, remata o edil. |
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