A flauta de Bisel deu a sonoridade ao concerto de sábado passado
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Teatro-Cine da Covilhã
Flautas de bisel em concerto
António Carrilho, flautista conhecido mundialmente, deu um concerto no passado sábado, 13 de Maio, no Teatro-Cine da Covilhã. Este evento contou com a presença de vasto público, e teve a organização do Conservatório Regional de Música da Covilhã, em parceria com a Oficina Musical do Porto.
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Por Neuza Correia
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O concerto “Oficina Musical” teve lugar numa das salas mais pequenas do Teatro-Cine da Covilhã, e está inserido no programa de aniversário do Conservatório de Música da cidade serrana.
Um espectáculo apresentado por António Carrilho que teve uma essência completamente diferente daquilo que as pessoas estão habituadas a ouvir. Foram tocadas músicas de origem portuguesa e japonesa. O flautista tentou mostrar que a música ouvida em Portugal e no Japão, apesar de se encontrarem em pólos opostos, não é assim tão diferente.
Apesar de toda a invulgaridade, António Carrilho referiu ter “ficado agradavelmente surpreso, porque não estava à espera que as pessoas reagissem tão bem”. “A reacção do público foi positiva, pois as pessoas aplaudiram, e muito, nos intervalos de cada música”, acrescenta o músico.
Várias flautas de bisel foram apresentadas a todos os presentes, o sopranino, o soprano, o contralto e o tenor. Apesar da sua grande agilidade a tocar os instrumentos, uma das suas perícias foi tocar duas flautas ao mesmo tempo, algo que é admirável num músico. As obras apresentadas pertenciam a compositores portugueses e japoneses, Remember , de Virgílio Melo, Hymn de Ryohei Hirose, Duplum: my sweet old &c de Pedro Junqueira Maia, Black Intention de Maki Ishii e por último Le Chanteur du Val de Cândido Lima. “Este tipo de concerto não é propriamente aquilo que as pessoas estão habituadas a ouvir”, mas como referiu Rogério Peixinho, Director Pedagógico do Conservatório da Covilhã, “as pessoas estão preparadas para estilos de música diferentes”. Este responsável apela mesmo a que os mais curiosos “comecem a ouvir as obras sem preconceitos, pois isto tem muito a ver com a nossa vida e com a sociedade, actualmente.”
Como professor, António Carrilho, estimula os seus alunos a tocar música contemporânea, por fazer parte do reportório. “É música escrita nos nossos dias e é importante que não deixemos de a fazer”, disse o intérprete. “Acho que as pessoas, hoje e dia, têm de alargar os seus horizontes, ouvir outros tipos de música que não seja só a música clássica, mas também música que não tenha a ver directamente com o instrumento, porque aprendemos muito com os outros instrumentos, nomeadamente com o canto”, disse Carrilho.
O concerto faz parte de uma série de projectos que o Conservatório de Música pretende realizar. Rogério Peixinho falou do próximo concerto que vai ser realizado dia 4 de Junho na Universidade da Beira Interior com a colaboração do coro da UBI e que faz parte do Festival da Scutvias. |
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