Em actividade desde 1926, o Orfeão da Covilhã comemora este ano o seu 80º aniversário. Sob o mote “80 anos ao serviço da Cultura” apresenta uma série de iniciativas com vista a incentivar e mobilizar os munícipes a tomarem parte nas comemorações. Exemplo disso foi o concerto realizado na passada sexta-feira, pelas 21.30, na sala polivalente da Biblioteca Municipal da Covilhã.
“Des” concertante Trio , assim é o nome do grupo que abrilhantou a noite, Sérgio Neves no clarinete, Carisa Marcelino no acordeão e Ana Luísa Marques no violoncelo. Um agrupamento de câmara constituído por jovens finalistas da Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco (ESART).
Pela sua formação algo singular, que associa ao violoncelo e ao clarinete, o acordeão, instrumento ainda muito ligado ao folclore, as obras apresentadas pelo grupo são, na sua maioria, encomendadas a compositores portugueses. O seu reportório contou com obras de Sérgio Azevedo, Carlos Marques, Paulo Ferreira e ainda do argentino Astor Piazzola.
Desde a agitação ao suspense, da vivacidade à “ leve brisa do acordeão”, o som dos instrumentos ecoou pela sala e prendeu por completo a atenção dos espectadores. As cerca de 40 pessoas que componham a plateia pareciam como que imobilizadas e assistiam de olhar atento à evolução do concerto. “Desconcertante” foi sem dúvida a palavra de ordem que marcou todo o espectáculo.
No final, José Barata Gomes, presidente do Orfeão da Covilhã, anunciou que no próximo sábado, dia 13 de Maio, pelas 21h30, terá lugar no Teatro-Cine da Covilhã, um novo concerto, ainda no âmbito das comemorações dos 80 anos da instituição.