O líder da oposição criticou as políticas fiscais do governo socialista

Marques Mendes em visita à Guarda “Governo obriga portugueses a comprar em Espanha” De visita à cidade, o líder do PSD criticou a política económica do Governo e afirmou que o aumento de impostos tem prejudicado as zonas fronteiriças. Por isso, muitos portugueses, de distritos como a Guarda, vão comprar a Espanha. NC/Urbi te Orbi

O presidente do PSD, Marques Mendes, criticou no passado fim-de-semana, na Guarda a política económica do Governo, afirmando que o aumento dos impostos tem prejudicado as zonas fronteiriças. "Aqui na Guarda, como em outras cidades do País que fazem fronteira com Espanha, sabem muito bem qual foi o resultado do aumento de impostos. Hoje há milhares de portugueses que vão a Espanha abastecer-se de combustível, porque é muito mais barato", afirma Marques Mendes. "Há milhares de Portugueses que vão fazer as suas compras a Espanha, porque a diferença de impostos é muito significativa. Há muitos portugueses que vão às lojas e ao supermercado a Espanha", acrescenta. O líder do PSD admitiu tratar-se de uma realidade que "está a dar cabo de muitas pequenas e média empresas do nosso País e a criar muito mais desemprego em Portugal". "E tudo isto por culpa do Governo que está a minar a competitividade das nossas empresas e a qualidade da economia nacional. É verdadeiramente criminoso", referiu, sublinhando que "a estratégia económica do Governo passa pelo aumento de impostos". "Foi o IVA, o imposto sobre os combustíveis, e todos os demais impostos", acrescenta. Marques Mendes que falava num almoço para cerca de centena e meia de militantes do PSD, afirmou também que os portugueses têm razão "para estarem irritados com o Governo, porque lhes foi prometido não aumentar os impostos e mais emprego, mas fez tudo ao contrário do que prometeu e tem penalizado a economia." Acusou também o Governo de ter esquecido "completamente" o interior de Portugal: "Agora temos ainda mais Interior. O primeiro-ministro é oriundo de uma terra do Interior mas rapidamente se esqueceu das suas origens e o Governo tem desprezado o Interior do País", diz. "O Interior do País serve normalmente para os políticos falarem muito dele quando estão em campanha eleitoral, mas esquecem-no logo a seguir à sua eleição", afirma também Marques Mendes. Qualificando como "um crime" o eventual encerramento da maternidade do Hospital da Guarda, Marques Mendes disse que "é preciso muita insensibilidade para não perceber os efeitos negativos destas decisões", sustenta. A dirigente distrital do PSD, Ana Manso, considerou que "o Governo do PS fez do Interior a principal vitima e o principal alvo de ataque". "Como é possível combater a desertificação, se até o direito de aqui nascer nos querem tirar?", questiona. "Continuamos a resistir, não vamos permitir que a maternidade da Guarda encerre, nem que os Serviços de Atendimento Permanente dos Centros de Saúde encerrem. Não vão fazer isso, porque as gentes da Guarda não vão deixar", garante a dirigente social-democrata. Marques Mendes que passou pela Guarda no âmbito da campanha para a presidência do PSD, cujas eleições estão marcadas para o dia 5 de Maio, assumiu também um compromisso com o partido - "ganhar as eleições legislativas de 2009". "Vou travar essa luta para ganhar as eleições de 2009, porque o PSD é um partido ganhador", afirma, recordando que "no espaço de um ano, tudo quanto havia para ganhar, nós ganhamos".